Os primeiros ensaios dessa reestruturação do Terra no Asfalto foram 
preparatórios para aprender a harmonia das músicas escolhidas, checar algumas convenções entre os instrumentistas, além de decorar letras, e estabelecer os arranjos
vocais entre os vocalistas. Com a entrada do Aru Junior, tudo direcionou-se ao seu gosto pessoal, basicamente, exatamente como houvera sido no tempo do Fernando "Mu". Passamos
 a tocar várias músicas do Led Zeppelin, mais dos Beatles e várias da carreira solo
de cada ex-beatle.  
E também algumas pérolas do Rock Progressivo, e quando 
essas canções ficaram bem ensaiadas, chamariam muito a atenção, nas apresentações da 
banda. Tem até uma história engraçada sobre isso, que relatarei no 
momento oportuno da cronologia. O Aru Junior, por possuir uma formação 
erudita sólida, era minucioso, e tornou-se de forma natural, o maestro da
 banda, ao orientar-nos na parte teórica. O Wilson cresceu demais 
como guitarrista, quando essa fase com o Aru Junior iniciou-se, ao aprender a
 harmonizar cada vez melhor, e assim começar a soltar-se em solos, apesar do Aru ser o solista oficial da formação. 
E também investimos 
em um set list com peças da MPB, muito boas, com canções do Milton Nascimento; Gilberto Gil; Caetano Veloso, e Novos 
Baianos, principalmente, no repertório, além de algumas surpresas, tais como ,
"Malacaxeta", do Pepeu Gomes em sua carreira solo, e "Hino de Duran" do Chico Buarque. Eu gostava demais em tocar "Malacaxeta", por ser praticamente um Jazz Rock 
complexo, cheio de partes difíceis para tocar-se, mas extremamente prazerosa como música empolgante a ser tocada.
Na hora decisiva, o Cido Trindade anunciou que repensara, e preferia não participar dessa volta da banda. OK, vida que seguiu, precisávamos de um novo baterista, então. Ensaiamos
 bastante a parte de harmonia, e para a bateria, eu indiquei um rapaz que eu conhecera em uma recente ocasião e apenas 
superficialmente, mas havia achado-o um bom músico, e com uma personalidade
 boa. 
O rapaz chamava-se Edson, mas era apelidado, como : "Kiko". Eu o 
conhecera um pouco tempo antes, por fazer parte da banda de apoio do 
vocalista, Pituco Freitas, do Língua de Trapo, quando este fez um show solo no 
Teatro Objetivo, em 1980, e eu estive em sua  banda de apoio, juntamente. Apesar de mal conhecê-lo, 
ele aceitou o meu convite para entrar na banda, mesmo com a deixar clara a ressalva sincera de que o Rock e o Pop, não soava-lhe familiares, como o eram para nós. E eu nem sabia disso... mas com a ausência do Cido Trindade, que mais uma vez abandonara-nos, foi a melhor solução. 



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