Parece utópico hoje em dia, mas após estrearmos no TUCA, e dias depois , realizarmos uma mini temporada no MASP,  não passou nem poucos dias e 
estávamos em um outro teatro (Teatro da GV - Fundação Getúlio Vargas), 
para cumprirmos mais uma temporada ! 
E nesse curto ínterim, de apenas quatro 
dias, outros fatos aconteceram, a mostrar que o Língua mantinha uma agenda
 incrível, naquela época. Por exemplo, fizemos o último show no MASP, dia
 20 de novembro de 1983, um domingo, mas na terça subsequente, dia 22 de novembro de 1983, estávamos no palco do Teatro Sesc Pompeia para participarmos da gravação do programa "A Fábrica do Som". Eu já 
havia apresentado-me três vezes com a minha outra banda, A Chave do Sol,
 nesse programa e assim, foi inevitável que assim que chegasse ao palco,
 gritos da plateia a chamar pela Chave do Sol, ecoassem, e mais uma vez 
criasse-se um clima desagradável entre eu e os demais membros do 
Língua de Trapo. Tocamos, "Xingu Disco"; "Concheta" e "Je Suis Bresillien", esta 
última, nova do show recém estreado. Foi ao ar no dia 26 de novembro de 
1983, mas não assistimos, simplesmente por que estávamos no palco da GV, 
a realizarmos o soundcheck para o show dessa noite. Nunca assisti uma cópia dessa apresentação, infelizmente. Ao surgir alguma novidade 
nesse sentido, prontamente acrescento ao material disponibilizado neste 
Blog. 
Três dias depois, 23 de novembro de 1984, quarta-feira, estávamos à noite 
no Teatro do Centro Cultural São Paulo. O Língua de Trapo participou de 
uma homenagem ao compositor, Adoniran Barbosa. Foram vários artistas 
presentes, e cada um interpretou uma canção do velho mestre. Sob um sorteio 
prévio, coube ao Língua de Trapo, interpretar a canção : "As Mariposa" (sic). O 
Laert propôs que empreendêssemos uma apresentação singela, a entrar no palco e
 cantá-la à capela. Dessa forma, como tínhamos mesmo, pouco tempo para 
ensaiar, foi providencial esse arranjo apenas vocal. 
Lembro-me em
dividirmos o camarim com artistas como Tom Zé; Renato Teixeira; Celso 
Viáfora; Os Dêmonios da Garoa; Anna de Holanda (sim, a ex-ministra da
 cultura), Eduardo Gudim e outros. O Língua de Trapo entrou em cena a cantar desde a coxia, e depois já no palco, sentamo-nos em torno de uma mesa e a tamborilar nela, 
quando fingimos estarmos em um botequim a cantar a música do Adoniran. Funcionou,
 pois o público curtiu essa simulação de malandragem boêmia. No
 dia seguinte, 24 de novembro, quinta-feira, estávamos em outra gravação
 de um programa de TV. Foi um programa da TV Manchete, onde chegamos a
 tocar cinco ou seis músicas ao vivo. Era gravado no pátio da faculdade 
de música, Santa Marcelina. Lembro-me de nesta tarde de gravações, estar
 presente também o grupo Rumo, de Luiz Tatit e Ná Ozetti. Desconheço que isso tenha sido gravado por algum abnegado colecionador 
no videocassete. Se alguém gravou, certamente não disponibilizou no You 
Tube, pois nunca vi tal material postado.
Um raro recorte de jornal que possuo em meu portfólio, dessa segunda passagem minha, pela banda. Neste caso, a falar sobre o novo show, estreia no Tuca e continuação da turnê, pelo Masp. De novembro de 1983. Sou o sexto, da esquerda para a direita, entre o tecladista, João Lucas, e o percussionista, Fernando Marconi. 


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