Marcus Rampazzo, deu um show de simpatia, mas por outro lado, não por sua 
culpa, ele foi subutilizado nesse álbum. Ocorre que nós queríamos que ele colocasse um 
arranjo com cítara indiana na música : "Shadow of the Light". 
Contudo, nós
 não o consultamos previamente sobre isso, e esse foi o nosso erro, pois 
pelo fato da cítara obedecer a afinação oriental com microtons, não é 
em qualquer harmonia que ela encaixa-se, sem parecer desafinada, aos 
padrões ocidentais, com sete tons e cinco semitons.
Como a música 
estava posicionada harmonicamente em Sol Maior, essa tonalidade mostrava-se
imprópria (encaixar-se-ia se estivesse no campo harmônico de Si Menor ou Ré Maior), e nesse caso, só restou ao Marcus Rampazzo, gravar a sua participação a usar a
"Tamboura", que adapta-se melhor à afinação tradicional ocidental, por mais ser um instrumento de apoio, e 
não sujeito à harmonia, propriamente dita.
Então, o ouvinte pode 
perceber claramente esse instrumento exótico na gravação dessa faixa, que lembra uma harpa, mas 
com uma sonoridade mediante um som indefinido, quase cacofonico, similar ao ruído de uma serra 
elétrica.  
Terminada essa fase, a mobilização agora seria para gravarmos o "Buzuki", 
um exótico instrumento com origem grega, que o Chris Skepis possuía e queria 
acrescentar para enriquecer com uma sonoridade diferenciada a faixa, "Candle Light".
Ele não 
era nenhum "especialista" no uso desse instrumento, mas conseguiu extrair
uma sonoridade bastante interessante e ainda que na mixagem final, ele tenha
 sido sobrepujado em meio à massa sonora geral, é possível ouvi-lo com razoável
 nitidez, até por parte de ouvidos leigos, pouco acostumados a detectar 
sutilezas no áudio dos discos.
Continua...








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