A logística desse primeira etapa da tour não fora a ideal, mas foi o melhor que o Rolando Castello Junior conseguiu assegurar, e convenhamos, o trabalho que teve para alinhavá-la, fora imenso. O ideal teria sido fazermos o primeiro show na cidade mais longínqua de São Paulo, e progressivamente irmos a tocar nas demais ao estabelecer um caminho de volta mais tranquilo, a amenizar assim o cansaço da estrada, mas ocorreu justamente o contrário, pelo jogo de interesses alheios que são decorrentes desse tipo de negociação. O show de Jales-SP, por exemplo, que foi a cidade mais distante, quinhentos e tantos Km de São Paulo, teria que ocorrer no sábado, por todo o esforço que estava a ser demandado pela sua produção local etc.
Enfim, na ordem inversa, partimos para a primeira etapa, a ser cumprida na cidade de Americana-SP, cerca de cento e trinta Km de São Paulo, na região de Campinas.
A equipe 
dessa mini-turnê, foi a mesma que trabalhara no show anterior, em Itu-SP, 
duas semanas antes, ou seja: os quatro membros da banda, mais a produtora, Claudia 
Fernanda, Marco Carvalhanas como Road Manager, Samuel Wagner e Ruiter como roadies, e o sócio-motorista, na pilotagem 
do carro. 
Sabíamos que o ônibus continha muitos problemas, mas 
aparentemente, o básico esteve em condições de fazer essa rodagem com
mais de mil kilometros, e sob intenso calor. Saímos de minha 
casa, o ponto que tornara-se o novo QG da banda, por 
volta de 11:00 horas da manhã. O calor era intenso, mas não poderíamos 
nos dar ao luxo de sair mais tarde, mesmo sendo um curto percurso, 
justamente por sabermos que uma eventual falha mecânica, ou mesmo 
problemas com a polícia rodoviária, poderia nos surpreender na estrada.
 
Enfim, a viagem transcorreu de forma tranquila e dessa forma, 
chegamos bem no início da tarde na cidade de Americana. Para quem não 
conhece o estado de São Paulo, "Americana" tem esse nome porque foi 
fundada no século XIX por norte-americanos que ficaram inconformados com a 
vitória do norte sobre o sul na Guerra de Secessão, daquele país. Muitos estavam 
falidos, por haverem perdido todo o seu patrimônio, outros temiam por 
represálias do pós-guerra, e alguns simplesmente vislumbraram na região de Campinas, 
um terreno bom para as atividades agropecuárias etc.
O lado bom de chegar cedo na cidade, foi que pudemos descansar no hotel, e nos refrescar, visto que o calor estava insuportável. Deu
 tempo também para visitar a única loja de discos com característica Rocker da cidade, ao estilo 
das lojas da Galeria do Rock, de São Paulo e cujo dono, tanto o 
Rolando Castello Junior, quanto eu, Luiz Domingues, conhecíamos desde os anos 1980. Aliás, visitar lojas em 
cidades interioranas, ou mesmo em capitais de outros estados que visitaríamos, doravante, tornar-se-ia
 uma praxe nessas turnês. Verificamos também que uma matéria fora
publicada no jornal local.  
Continua...



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