Deambulas pelo inóspito amanhecer, do amor e do desejo proibido
Misteriosa e colorida mulher, libido 
A noite sob luz de velas, imagino seus contornos e curvas tão belas
Com o chegar do anoitecer hiemal
Mulher sinistra e insondável 
Quase um trasgo
Uma imóvel visagem
Um entontecer atemporal
E um sonho recorrente ou a realidade permanente ?
Tomo um sintro, em minha solidão 
Sou um infausto homem, sem razão
Sonho com o silêncio vencido, por seu encontro havido
Ao mesmo tempo, que o tempo gris, faz-me possuído 
Perseguido pela ideia de possui-la
E do alívio do amor correspondido
Estou num tempo intermediário em suspensão
Sou um visionário, sem visão 
Ela é a mulher impossível e tão próxima
Um desejo proibido a percorrer
No que parece, que não brota e não está para nascer
Porque, pode ser um pesadelo a arrefecer-me
Misteriosa e colorida mulher, sem tempo 
No fundo sua estação é o verão
É a brisa marinha
É o sol que se avizinha
Procurando perceber
O que está contido
O que está por ser 
Numa lufada de selvagem paixão a viver
Quando enfim libertos
Juntas temos nossas almas sem proibição, em um só coração
Podemos enfim, a felicidade ter, nos dois
Despertos 
Julio Revoredo é colunista fixo do Blog Luiz Domingues 2. É Poeta e letrista de diversas canções que compusemos em parceria, para três bandas pelas quais eu fui componente: A Chave do Sol, Sidharta e Patrulha do Espaço.










Forte e quente, gostei!!
ResponderExcluirBem bacana, também curti e um tema surpreendente vindo da parte do Julio, que geralmente aborda outras temáticas em seus poemas.
ExcluirGrato por ler e comentar !