O que nos move a ‘vestir a camisa’?
Expressão conhecida, só usada e exercida por todos por diferentes motivos.
Espera-se e deseja-se que sejam afinidades surgidas do
 coração, ideais dos melhores de nossos sentimentos...mesmo quando tais 
sentires possam ser vistos menos nobres
 de outros e diferentes olhares (caso dos extremistas, fanáticos e 
ideologistas de qualquer princípio estranho à própria 
percepção...?!...), mas, ainda e assim, quando parecem surgidos das 
mais  profundas raízes da emoção, parecem ser mais legítimos...
Atrás dessa disposição envolvida vem sempre o foco que
 a move...e, no seu exercer, vamos percebendo que espécie de 
disponibilidade ofertamos e em que nome, em que
 razão e sobre quais bases... 
Compromissos ditos menores, da vidinha corriqueira, já
 hoje enfrentam várias dificuldades: o do trabalho, de algo a dois, da 
família seja em qualquer papel, da
 amizade, do cidadão e tantos e outros que, cada vez mais, vemos e 
vivemos numa sociedade que amadurece e, como tal, espera-se de nós mais e
 mais em qualquer âmbito.
Normalmente, a depender dos comprometimentos que 
exercemos é que vamos lapidando e revelando quem somos, pois algo ali 
movimenta mais coisas, desvendando, desmascarando,
 conscientizando  e organizando/desorganizando, aquilo que mora em nós, 
movendo-nos e alimentando o que acreditamos nutre nossa alma, nosso 
crescer. 
Alguns assumem muito por dinheiro, por acreditam ser o propiciador de muitas coisas.
Outros por fama, palco, comando, poder, cargos, 
satisfação, imortalidade, carência e...tantas, tantas situações que 
voltamos a perguntar o que de fato o faz ‘vestir
 a camisa’? 
Quem está atrás de cada compromisso assumido, assumido
 como quem de fato também leva à serio tal cumprir ? Se, na forma que 
exerça tais cumprires, em primeiro vem
 o que terei, tirarei, obterei dali e nenhuma forma que retribuir, 
agradecer, devolver o que recebemos... certamente não estaremos nos 
comprometendo, mas, simples e puramente nos servindo de algo, alguém, 
cargo ou função.
Vida é troca... e se nossos ‘comprometimentos’ tem a direção única, receber,  é seguro que não somos pessoas comprometidas!!!
Enquanto dali tivermos o que nos abastece... seja 
cargo, pagamento de qualquer espécie, retorno e retribuição, ali, contem
 comigo, mas...no exato momento que não
 me sinta abastecido, pago, reconhecido, estarei fora e isso já não 
podemos chamar de comprometimento. 
Preferimos entender comprometimento como algo que 
retroalimenta, sendo o próprio exercer o que satisfaz, abastece, nutre, 
recompensa e...sendo assim, depende de
 nós e não do que venhamos a receber, quando vai de nós e não quanto vem
 a nós...
Quanto, então, estamos numa relação, num exercício 
profissional, num estar em família, num exercer qualquer cargo ou 
função...?!...Quanto de si vai para contribuir
 e não só para adquirir, chegar, ter aquilo que dali almejamos...?!... 
Pouco colaborativo e menos ainda cooperativismo? Ainda estamos infância 
de ‘nossos mimos’...
Recebemos, oferecendo... mas, essa costuma ser uma 
matemática bem pouco percebida e menos ainda exercida ! Ainda estamos no 
despertar do próprio valor ! 
Pouco oferecemos e muitas vezes muito cobramos. Ou, 
muito comum hoje, cobramos pouco, para que sejamos pouco cobrados 
também... E aí, identificada a nossa dificuldade
 de comprometimento...
Queremos oferecer quando e quanto se queira, mas sem 
data, sem regras, sem normas, da forma mais livre... e, nem sempre de 
forma tão livre sabemos receber e merecer...?!...
 E por aí tanto e desafiador conviver e amadurecer nos aguarda, nas 
vidas pessoais e, mais sério ainda, nos convívios coletivos de qualquer 
ordem.
Uma humanidade há que despertar e tal despertar vem 
trazendo responsabilidade, tão necessário ao comprometimento. Mas, 
deveria ser algo como contem comigo, tenho
 que ser parte do que investiremos e esse seria, quem sabe será, o 
direito adquirido!!! Queremos um mundo ideal, mas não queremos ser parte
 de sua construção... e ainda sonhamos esse sonho infantil em que alguém
 nos levará até ele...?!...ou, também e ainda,
 se estivesse em nossas mãos?!... sem nem se testar seu em próprio 
comprometimento não exercido nem consigo mesmo?! Quanta incoerência 
necessária ao despertar !!!
Telma Jábali Barretto é colunista fixa do Blog Luiz Domingues 2. Engenheira civil, é também uma experiente astróloga; consultora para harmonização de ambientes e instrutora de Suddha Raja Yoga.
Nesta crônica, nos fala sobre a questão do comprometimento que todos precisamos ter com a vida, que é acima de tudo, uma grande oportunidade que temos e não pode sob hipótese alguma, ser desperdiçada.








Toda mudança externa sempre se inicia a partir de nós mesmos!
ResponderExcluirSim...ou mesmo que aconteça fora de nós, não teremos olhos para percebê-la! Como dissemos fechando o texto...'Construir em si para re conhecer o construído ao nosso redor !'
ResponderExcluirGratidão pela leitura, pelo comentário!!!
Abraço aí...
Telma querida! Sempre nos surpreendendo com os aprendizados da vida. Este é o caminho. Compartilhar, cooperar e simplesmente ser grato pela vida que habita em nós e no outro. Parabéns! Sempre! Namaste!
ResponderExcluirSim...são aprendizados da vida! E é com eles que crescemos, caraminholamos e aqui...falamos, dividimos buscando retribuir, compartilhar ao que estamos sentindo e aprendendo.
ResponderExcluirFicamos felizes que tenham algum eco...produzam também reflexões!
Abraço grande aí Malu! Na mas tê!