Em janeiro de 1992, recebi o telefonema 
do Chris Skepis, que falou-me de 
sua intenção em formar uma nova banda com som autoral, onde dizia já possuir
um material grande, composto, e que estava com dois outros músicos já 
contatados : outro guitarrista, e um baterista. Mostrei-me interessado 
em conhecer o trabalho, e marcamos um ensaio em um estúdio perto da 
Estação Santa Cruz, do Metrô. Ao chegar
 lá, gostei do astral dos rapazes. 
O baterista, Juan Pastor, era estudante 
de jornalismo, e estagiário na rádio 89 FM, que à época, era a principal
 rádio Rock de São Paulo. 
E o 
guitarrista, chamado, Luciano Curvello Cardoso, 
apelidado como, "Deca", que havia morado muitos anos em Madrid, e na volta à 
São
 Paulo, havia passado por uma banda Pop Rock sem grande relevância 
(chamada : "Trama"). Minha
 primeira impressão do som, foi que pretendiam fazer um trabalho "indie" (uma vertente oriunda do Pós-Punk oitentista),  mas 
não  exatamente a descambar para aquelas esquisitices peculiares desse espectro. O 
guitarrista, Deca, tocava de uma forma bem Rock'n Roll tradicional, com muita 
influência de AC/DC, e o Chris, apesar de insistir em perseguir a roupagem moderna, 
era um expert em Rock 1960 / 1970, ao possuir uma coleção de vinis gigantesca, 
inclusive, e uma enorme coleção de Bootlegs dos clássicos. Só com os Rolling Stones,
 ele devia
 possuir mais de cem 100 discos pirata, ao perfazer um material incrível. Gostei 
do astral dos rapazes e apesar de não ser o som dos meus sonhos, eu 
estava há 
bastante tempo sem um trabalho fixo autoral. Sendo assim, logo no 
primeiro contato, aceitei a oferta e formou-se aí o Pitbulls on Crack. 
Mas o nome só veio algum tempo depois. Mais ou menos em março de 1992, é
 
que mediante uma lista e votação, decidiu-se por esse nome. 
A 
ideia original saiu de uma foto que o Chris viu em uma revista norteamericana, 
onde Steven Tyler (vocalista do Aerosmith), aparecia com uma camiseta, cuja estampa tinha essa 
frase. Particularmente, achei feio e votei contra, mas os outros 
nomes propostos eram ainda piores, como "Clap Queen" (Rainha da 
gonorréia), e outros piores. A intenção seria mesmo ser em inglês e ser agressivo, ultrajante. Nada a ver comigo... mas... 





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