Tudo, hoje, mostra e conspira para revelar nosso 
desperdício e em todas áreas da vida: do material ao sutil, do concreto 
ao subjetivo...e deixamos aí uma pergunta:
 ficamos assim ou sempre fomos e não tínhamos "cons ciência" ? Pensamos que
 talvez um pouco  de cada uma e, mais ainda, de novo, perguntamos: quem 
poderia prever como aqui chegaríamos com a sociedade que construímos, 
assim como questionamos se seríamos capazes,
 agora, de vislumbrar onde estaremos daqui a 5, 10 ou mais anos?! 
Sim...algumas prospectivas baseadas no que aqui temos...bem 
catastróficas, outras talvez encantadas e até aqueles que vivem uma 
espécie de estar no ‘agora’, não por confiança ou ‘presença’, mas
 por puro comodismo inconsequente, irresponsável quem sabe...?!...
Fato é que pelos mais diversos motivos, desperdiçamos 
comida (e nada mais cruel num mundo que tem fome), desperdiçamos tempo, 
recursos da natureza, conhecimento,
 cuidados interpessoais e tantas, tantas coisas mais nos escapam pelos 
vãos dos dedos, pela nossa incapacidade de bem administrar o 
conquistado, muitas vezes com árduos empenhos, outras por relapsa 
atenção a detalhes, pouco valorizados, onde vemos demandas
 não satisfeitas, jogando fora precioso tempo, investimento de dinheiro 
ou qualquer outro bem significativo não percebido como necessário...sim,
 ‘necessário’...?!... talvez aí esteja, seja a chave,
insight, a atentar para aquilo que de fato importa e possamos 
aprender e apreender a filtrar, priorizar e bem eleger, sem desperdício,
 qualificando entre o supérfluo e o significativo, ainda que seja, para 
cada momento, situação, circunstância. 
Temos vivido como que num enorme e encantador parque 
de diversões, em que luzes e sons chamam a atenção e...parando aqui, 
ali, aceitando qualquer tipo de convite,
 novidade sem nem sempre saber bem onde queremos ir, onde chegar ou  a 
que viemos... permitindo?!...levando-nos numa enxurrada de informação e 
atrativo. Assim, entendemos que tudo isso propõe uma outra premissa: não
 seria, talvez...?!...em muitos/alguns casos...?!...esse
 o ‘necessário’ encantamento produtor dos frutos, respostas, amargas ou 
doces, que nos habilitarão a começar a distinguir entre o essencial e o 
fugaz e, claro, também, assim das mais  diversas percepções de cada 
um ?!...
Como poder ou querer conter esse apaixonante interesse
 produtor, ainda que por um momento, longo ou rápido, pulando uma etapa 
de amadurecimento que, por certo advirá,
 de cada experimento, vivência, ganho...pessoal ou coletivo.  
Quantas vezes não vivemos ou presenciamos a dor da 
culpa, arrependimento pela falta de cuidado com a saúde, com o uso 
criterioso do tempo que, quando desperdiçado,
 não mais recuperamos, atenção com relações ou finanças fragilizadas 
pela rigidez, irresponsabilidade, desleixo, inconsequência, excessiva 
posse...?!...e só mesmo a perda, ausência, promove um outro e mais 
lúcido olhar ?!... 
Aí, poderemos ter o verdadeiro olhar do desperdício 
que esse tipo de sofrer do amadurecimento trouxe, traz e trará, 
continuamente, sendo aprendizado também o engano,
 erro, inexoravelmente oriundos da própria Vida. Então, porque não  
entender, aceitar e assimilar que o envolver-se com as escolhas trará 
caminhos, desdobramentos, respostas, ganho e perda que, melhor digeridas
 proporcionarão, cada vez mais, confiança, percebendo,
 sentindo que presenteados somos por oportunidades, buscadas ou 
aleatórias, na abundante manifestação cósmica que nos cerca e somos 
parte no seu infinito e paciente ensinar.
Que nunca abandonemos a boa disposição de professores que foram permeáveis para aprender e alunos incansáveis, insaciáveis !!!
Telma Jábali Barretto é colunista fixa do Blog Luiz Domingues 2. Engenheira civil, é também uma experiente astróloga; consultora para harmonização de ambientes e instrutora de Suddha Raja Yoga.  
Nesta reflexão, fala-nos sobre a questão do desperdício, alertando-nos  sobre a necessidade de o coibirmos, sob a dura pena do arrependimento futuro.





 
Me lembrei de um certo calendário de 13 meses com 28 dias, inventado exatamente para ir contra a cultura do desperdício, enviado para apreciação no Vaticano e ser implantado na época correta objetivando casar com as estações do ano. Faz tempo que não falam mais sobre isto.
ResponderExcluirMas que interessante, também desconheço esse calendário alternativo.
ExcluirGrato por trazer essa informação, Lourdes !
Vivendo e aprendendo: não conhecia o que aqui diz?!
ResponderExcluirGratidão!!!