Temos alguns tipos de nichos, porque não 
dizer úteros que, confortáveis, nos aninhamos. Sim!, aninhamos nesses 
berços que abraçam, acolhem e, por essa razão, porque sair?...
Acontece, de pronto, para conforto, nem 
sempre na plena acepção da palavra...bem além disso, pelo tipo de 
segurança, piloto automático, continuísmo que grande parte de nós 
prefere e adere com unhas e dentes...
Mudar dá trabalho! Faz pensar e repensar 
naquilo que temos, tivemos (ou não...) em novos esquemas de fluxo com 
hábitos, o que permitir que escoe, esgote e o que teremos que criar, 
construir, dar forma... tirando de mecanismos
 viciados, tendo que abrir novas trilhas trabalhosas, caminhos, 
desafiando a aberturas...
Tendemos a viver em cápsulas, bolhas, 
redutos, debaixo ou dentro de condições de ‘temperatura e pressão’ 
conhecidos, dominados muito além do ar condicionado que tira do ar ao 
vivo e a cores reais, conhecendo longe dali, pessoas,
 ideias, referências ameaçadoras àquilo já conhecido e aceito dentro de 
nós... O estrangeiro simboliza exatamente contato com o distante, outra 
cultura, terreno, costumes, linguagem, reveladores do incomum, além da 
zona de conforto que não confrontem nossos
 significativos parâmetros estabelecidos de padrões, valores!
Teoria da biologia diz que a capacidade 
de sobrevivência, em meio ao desconhecido, fora do usual, testa e 
demonstra habilidade de evolução, significando criatividade que 
transforma dificuldade, adversidade em saídas que, de início,
 serão desafiadoras e se bem assimiladas, após transpostas, reveladoras 
muitas vezes de nossa singularidade. A pura e simples resistência ao 
desconhecido não nos testa ou desafia ao crescimento, 
mas...consequentemente, alimenta a ignorância, inércia.
A vida é escola e, como tal, natural que 
traga convites ao aprendizado. Assim rompemos infância e seus medos 
próprios, igual adolescência até chegar à fase adulta e...não de outra 
forma acontece com nossa alma com suas mais amplas
 complexidades, envolvendo apreensões do emocional, racional, intuitivo,
 sensorial, onde em sequência perdemos ou abdicamos de colos para 
aprender a andar, correr e, quem sabe ?!...voar! Ser discípulo da Vida 
requer coragem já dizia o Guimarães... trazendo
 lições que, se nos furtamos, conscientemente, de ir ao seu encontro, 
Ela, a natureza própria, se incumbe do
tsunami propiciando encontremos de novo e, mais uma e outra vez, 
quantas sejam necessárias para aquilo que, em Sua Exuberante Linguagem e 
Sabedoria, devamos experimentar! Assim sempre foi, é e será! Cumpra-se!!!
Telma Jábali Barretto é colunista fixa do Blog Luiz Domingues 2. Engenheira civil, é também uma experiente astróloga; consultora para harmonização de ambientes e instrutora de Suddha Raja Yoga.  Nesta reflexão, ela fala sobre as bolhas em que costumamos colocarmo-nos, a promover o nosso isolamento em nichos.






 
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