O próximo passo seria enfim um show exclusivamente nosso, e a ser realizado em um espaço onde 
costumava ser sempre agradável apresentar-se pela estrutura boa à 
disposição, tradição de shows na cidade e localização excelente. 
Tratou-se do Centro Cultural São Paulo, um enorme complexo cultural 
multiuso e acoplado a uma estação do metrô.
Tocaríamos sozinhos, 
embora a nossa participação estivesse vinculada a um festival anual, geralmente
 produzido no mês de julho, naquele espaço, e denominado: "Sintonia do 
Rock". 
Eu, Luiz Domingues e Rodrigo Hid, em foto de 1996, na minha sala de aulas 
Como já houvera ocorrido durante o show do "Pitstock", convidamos 
novamente o jovem, Rodrigo Hid para tocar teclados e desta vez, com a 
possibilidade dele poder usar o piano acústico do CCSP, a sua participação seria 
muito mais rica, do que naquela ocasião, onde a sua participação 
restringira-se ao uso do sintetizador Mini-Moog. 
Como a banda não esmerava-se muito na parte estrutural e entre outros atributos, a 
divulgação de shows, essa parte foi feita muito precariamente, como de 
costume. Praticamente a contar com a tímida divulgação da parte do Centro Cultural São Paulo,
 apenas, e quase nada mais (se fosse hoje em dia, a internet cairia como
 uma luva para a mentalidade "low profile" da banda, nesse quesito), 
realmente não deu para esperar uma multidão presente. 
O show foi
 tranquilo e a participação do Rodrigo enriqueceu mesmo o som, com ele 
a tocar bem piano e Mini-Moog. É interessante notar que toda aquela 
atmosfera "hippie" evocada no aparato da lata e na tenda que montamos no
 camarim, já se mostrara como a vibração que eu e Rodrigo construiríamos bem pouco tempo 
depois ao formarmos o "Sidharta", e que desembocar-se-ia na Patrulha do Espaço,
 a partir de 1999. 
Mas é fácil observar essa coincidência agora, 
com tantos anos de distância. Pois nessa época, eu só sentia cansaço por
 ver o Pitbulls on Crack não ter mais para onde se expandir e todo aquele "sonho", não passar 
disso, na prática: um "sonho"... 
Daí em diante, eu passei a fomentar na minha imaginação a 
ideia de buscar o meu caminho, e assim desligar-me do Pitbulls on Crack e ir formar uma banda com
características radicais nesse sentido, enfim, mas ainda não fora uma 
decisão tomada.
Só dois meses depois isso aconteceria de fato. 
Portanto, quando digo que foram os estertores do Pitbulls on Crack, baseio-me muito 
mais na minha perspectiva pessoal, pois seriam de fato os meus últimos 
momentos na banda.
O Pitbulls on Crack continuaria sem a minha presença, com 
dois baixistas sucessivos após a minha saída, mas de fato, a perspectiva
 que eu senti, de forma pessoal, confirmar-se-ia, pois a banda 
arrastou-se por mais algum tempo, e naquela toada com shows sazonais. 
Enfim,
 ainda a falar sobre esse show, a presença melancólica de apenas sessenta pessoas, 
e em sua maioria esmagadora, formada pelo meu exército de Neo-Hippies, 
deu a mostra de que o Pitbulls on Crack, infelizmente, esgotara as suas 
possibilidades de expansão.
Foi assim, em 4 de julho de 1997, que apresentamo-nos no Centro Cultural São Paulo, com sessenta pessoas na plateia.
Continua...
Neste meu segundo Blog, convido amigos para escrever; publico material alternativo de minha autoria, e não publicado em meu Blog 1, além de estar a publicar sob um formato em micro capítulos, o texto de minha autobiografia na música, inclusive com atualizações que não constam no livro oficial. E também anuncio as minhas atividades musicais mais recentes.
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