Realmente... a filtragem era necessária, mas sem maiores rigores. Mesmo 
por que, não havia meios para filtrarmos ainda mais. Foi simples : 
se demonstrasse interesse na carta, ao mencionar que queria tocar, ou que já possuía uma
 banda, mostrava-se o suficiente para nós. Tive uma sensação muito estranha na primeira aula. Isso por que
 em 1983, eu havia tido uma experiência como professor, mas de uma forma 
diletante. Eu ministrara algumas aulas de teoria musical para um guitarrista de 
uma banda, que gravitava na órbita d'A Chave do Sol (Archibald's Band, e que posteriormente mudou o seu nome para : "Fênix"), um rapaz chamado : Iran Bressan. Foram 
poucas e gratuitas. Mas nesse outro momento, seria diferente, pois estava a cobrar, e assim adquiri a responsabilidade em passar informações com muito maior conteúdo e responsabilizar-me pelo aprendizado dos alunos. 
Posto
 isso, digo que a primeira aula foi muito estranha, pois havia absorvido a realidade de que estava a assumir-me como um professor, e foi algo inusitado na 
minha trajetória musical. Para efeito de informações deste relato, devo alertar o leitor, que infelizmente, perdi o meu caderno com anotações 
sobre as aulas. Da maioria dos alunos, eu simplesmente esqueci seus nomes
 e datas precisas de seu início e término de aulas comigo. 
Peço 
desculpas antecipadas à todos que não mencionarei nominalmente neste relato, por essa
 falha. Citarei alguns que foram mais marcantes, mediante histórias engraçadas 
e / ou inusitadas, mas ficarei a dever o nome da maioria. E
em alguns casos, citarei apenas nome; ou sobrenome ou ainda, talvez só um
apelido, fruto dessa perda lastimável de meu caderno, que muita falta faz
agora que trato deste capítulo da minha sala de aulas. Lembro-me que as primeiras aulas em julho de 
1987, foram ministradas no escritório do Zé Luiz Dinola, em Pinheiros, 
onde ele também ministrava as suas aulas de bateria. 
A fachada do Edifício Dinola, pertencente à família do José Luiz. Na frente, a loja de produtos finos de cerâmica e porcelana, da irmã dele, Beth Dinola. Em uma das salas, ficava o escritório do José Luiz Dinola.
Mas logo em agosto, mudei-me 
para a casa do Beto Cruz, para tornar assim, tal endereço, a minha a sala de aulas, dali, até meados de 1989.





 
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