Então, a produção foi prazerosa, pois conhecia bem todos os membros da banda, e tínhamos uma relação de amizade muito boa.
Como o som
 deles era pesado, praticamente no campo do Heavy-Metal, eu decidi dobrar as 
guitarras base, para encorpar bem o som. Mas nessa operação, infelizmente
 perdemos tempo, e esse tempo faltou no final, com a mixagem não sendo 
feita com o capricho maior que eu desejaria. 
                   O baterista, Marcelo "Always" Burani 
O orçamento foi pequeno e faltou-me percepção na hora em que gravava o dobro da guitarra base, em abortar esse plano "A", e partir para o "B", mas enfim, foi o melhor que pude fazer à época.
O orçamento foi pequeno e faltou-me percepção na hora em que gravava o dobro da guitarra base, em abortar esse plano "A", e partir para o "B", mas enfim, foi o melhor que pude fazer à época.
Um fato curioso aconteceu nessa gravação. Eles queriam um reforço de um teclado, e por incrível que pareça, ninguém da banda sabia nem como achar as notas musicais no teclado, sendo assim, eu mesmo gravei um pequeno trecho, ao tocar um ataque com um acorde cheio, sem desenhar, pois não tinha técnica alguma aos teclados. O engraçado disso, foi que bem pouco tempo depois, o Marcello comprou um sintetizador, e menos de um ano depois, fazia solos complexos do Keith Emerson; tocava piano Honky-Tonk igual ao Elton John, etc...
Algum tempo atrás, o Ricardo contou-me que ele e o irmão planejavam resgatar esse material, 
para lançá-lo em CD, com uma pequena tiragem. Realmente fora uma demo de luxo 
que poderia mesmo ter tornado-se um CD. Certamente na época, o Essex era uma banda
 obscura, e só conhecida entre os amigos, parentes etc. Mas hoje em dia, com os 
irmãos Schevano após ter feito tantos trabalhos, certamente despertaria a atenção da
mídia, e o interesse de fãs e colecionadores. O Essex  teve vida curta 
após a gravação dessa demo-tape.
Depois entraria no "Sidharta", meu projeto com Rodrigo Hid e Zé Luiz Dinola (história contada integralmente em seu capítulo exclusivo, é claro). O "Sidharta" fundiu-se com a "Patrulha do Espaço", e depois ele (Marcello), formou o "Carro Bomba", além de ter tocado como membro honorário do "Som Nosso de Cada Dia", e "Casa das Máquinas", também. Ricardo Schevano substitui-me no "Pitbulls on Crack", onde ficou pouco tempo.
Ao tornar-se amigo do Deca (guitarrista do Pitbulls on Crack), formou com Paulo Thomaz, e Xande Saraiva, o "Baranga". Marcelo Burani formou o "Quarteto Hermeto", no início dos 
anos 2000, e toca pela noite até hoje, em bandas cover. Antonio "Toni" Peres Rodrigues, trabalhou na 
gravadora Primal / Velas; foi roadie do Pitbulls on Crack, e formou bandas 
sob orientação no Heavy-Metal, ao longo dos anos 2000. Foi assim a minha participação na 
gravação da demo-tape do Essex, em 1997. 




 
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