sábado, 6 de junho de 2020

Liberdade - Por Telma Jábali Barretto


Qual sua medida, critério ou definição que melhor expresse a liberdade? Tema dos antigos rebeldes, desbravadores e como muito fizeram em tempos outros, como hoje olhamos ou valorizamos sua importância. Já a tratamos de muitas e diferentes maneiras, incomuns, similares, mas... não sendo mais em uma mesma e igual sociedade a co-habitar o planeta ou, até, da percepção que tenhamos da vida e, se por um lado temos acesso maior a ela, de qual modo aos nossos, também, atuais moldes, lidamos e entendemos. Bem supremo para o desenvolvimento e o desabrochar de quem somos como indivíduos únicos... embora vivamos como quem usufrua dela de forma ampla, do nosso olhar, as redes que nos ‘enredamos’ mostram com quantas amarras somos, sub-reptícia e literalmente, amestrados, domesticados debaixo daquele antigo ‘Maria (João ?!...) vai com as outras’... 

Muito a nos dizer o que é ou não ’politicamente correto’ trazendo variantes de um correto que nem sempre poderíamos chamar, no mínimo, de justo, coerente e... passeando por uma gama grande de variantes desde moda, alimentação, costumes de convivência coletiva, indo de coisas mais objetivas, materiais aos conceitos bem subjetivos, norteadores de comportamentos, e onde mesmo ela, a liberdade, está?!...?!... Até onde nos deixamos conduzir, orientar e inspirar por tanto que mais margeia medo que autenticidade, matéria-prima de sua sustentação, ficando submissa, não por algo ético, superior ou até espiritual, mas... pelo simples desconforto de não ser único!!! 

Hoje, até para ser você mesmo, com suas idiossincrasias e originalidades, é preciso se apoiar em tribos, minorias e “achar minha tchurma”?!... Como assim?!... E...?!... por aí é que voltamos ao início dessa reflexão, base deste texto. Que seria do Einstein, Picasso, ou bem mais próximos, e bem menos geniais que outros que poderíamos citar aqui, dos Beatles?!... às vezes, agora, o que vemos, assistimos, para ser diverso e genuíno, fica mais no campo do escandalizar... outra forma de ser incomum, bem mais perto de extravasar levantando as chamadas aberturas libertadoras do contexto social e sim! 

Muito mais aquilo que temos de mais grosseiro, irracional, pouco harmonioso e, menos ainda, quebra de regras que acresçam, produzam algum florescimento, mais escravizante que libertador, bastante fora de padrões até ditados pelos ‘politicamente corretos’ ou convencionais... esperando aceitação?!... ?!... Então, há que se questionar e muito esse bem supremo que nem o próprio Deus (VIDA, natureza ...) tolhe, simplesmente em Sua plena abundância, Verdadeira liberdade, Justiça em Sua plenitude amorosa permite, oferecendo autonomia para usufruirmos de Sua Manifestação, com Leis absolutamente justas e inexoráveis, funcionando numa Física Omnipotente, aproximadora ou distanciadora infinitamente d’Ele, numa Paz ou Dor, nesse co-habitar, co existir, co operar em Sua Grandiosa Obra!!! E... que nos sirvamos com aquilo que possamos SER, aprendendo a ser fiéis ao que nos mova genuinamente! Dharma!!!



Telma Jábali Barretto é colunista fixa do Blog Luiz Domingues 2. Engenheira civil, é também uma experiente astróloga, consultora para a harmonização de ambientes e instrutora de Suddha Raja Yoga. Nesta reflexão, Telma nos fala sobre a questão da liberdade, no entanto, sob um prisma bastante peculiar.

5 comentários:

  1. Muito auspicioso seu texto, onde o conceito de liberdade (para todos nós....no seu sentido mais amplo) é tão (re)avaliado nesse momento que vivemos, né! Abs

    ResponderExcluir
  2. Sim...como não avaliar que importância tenha nos dias atuais em que acontecimentos bem além de nossa autonomia pessoal, convidam a refletir sobre... Que seja para ampliar e clarear discernimento.
    Abraço e gratidão! _/!\_

    ResponderExcluir
  3. Bastante reflexivo!! Parabéns, Telma!!

    ResponderExcluir
  4. A vida em sociedade nos cerceia de realizar tudo o que queremos.Somos produtos do meio. Sós, pouco podemos, em sociedade há os grilhões nos prendendo.Disse Jiddu Krishnamurtii:Se você andar pela estrada, verá o esplendor da natureza, a extraordinária beleza dos campos verdes e os céus abertos; e ouvirá o riso das crianças. Mas apesar de tudo isso, há uma sensação de sofrimento. Há a angústia de uma mulher carregando uma criança; há sofrimento na morte; há sofrimento quando você vai atrás de alguma coisa e ela não acontece; há sofrimento quando uma nação decai, vai à falência; e há o sofrimento da corrupção, não só no coletivo, mas também no indivíduo. Há sofrimento em nossa própria casa, se você olha profundamente – o sofrimento de não ser capaz de se realizar, o sofrimento de sua própria insignificância ou incapacidade e vários sofrimentos inconscientes.Há também riso na vida. O riso é uma coisa adorável; rir sem razão, ter alegria sem causa no próprio coração, amar sem querer algo de volta. Mas tal riso raramente nos acontece. Estamos sobrecarregados de sofrimento, nossa vida é um processo de miséria e disputa, uma contínua desintegração, e nós quase nunca sabemos o que é amar com todo nosso ser.Queremos encontrar uma solução, um meio, um método para resolver este fardo da vida, e assim, nós nunca de fato olhamos para o sofrimento. Tentamos fugir através de mitos, imagens, especulação; esperamos encontrar algum meio de evitar este peso, de ficar longe da onda do sofrimento.O sofrimento tem um fim, mas ele não acontece através de algum sistema ou método. Não existe sofrimento quando existe percepção do que é. - Krishnamurti, J. The Book of Life

    ResponderExcluir
  5. "Não existe sofrimento quando existe percepção do que É."
    A vida é feita de escolhas e elas dependem da qualidade da percepção interna que temos dela: podemos ver os sofrimentos e belezas, mas escolhemos...se temos liberdade interna?!...?!...saberemos qual, livremente, abastecemos, alimentamos e fermentamos. Se não somos livres internamente, precisaremos de saber?!...e aí mora sempre o perigo, o que a cartilha, ideologia ou quem delegamos nosso arbítrio diz que devamos seguir...e nunca usufruiremos da sagrada autonomia adquirida. Sempre estaremos a mercê...
    Krishnamurti tem falas muito boas...estimulantes para o pensar, mas... o pensar, ainda que, através de um bom pensador continuará sendo meio e,como tal...há que se ir além, e isso em algum momento deverá fugir do campo do pensar...
    Super gratidão pela contribuição! _/!\_

    ResponderExcluir