segunda-feira, 6 de novembro de 2023

Autobiografia na música - Boca do Céu - Capítulo 114 - Por Luiz Domingues

Depois de obtido o código ISRC da música, "1969", eis que se providenciou então o alojamento devido na plataforma Onerpm que distribuiu o link para as diversas plataformas existentes no mercado.

Ficou acertado então o dia 19 de setembro de 2023, como o dia do lançamento oficial nas plataformas. Mais do que um simples lançamento, para essa banda teve um significado monstruoso, no sentido de que entrou para a história como o dia do seu nascimento oficial para o mundo da música profissional, de fato, mesmo sob o eco de um atraso de quase cinco décadas. Que feito e que alegria sob múltiplos aspectos, no sentido de que representou a concretização de um sonho não realizado no preâmbulo da minha carreira, igualmente.

Que luxo impensável em 1976: nem sonhávamos com redes sociais, tampouco plataformas "streaming" e só havia o sonho de fazer a banda gravar e gerar história. Eis que conseguimos, em 2023!

Sim, no meu caso em particular, eu tive continuidade, toquei em bandas incríveis, com músicos de altíssimo gabarito, tive uma infinidade de alegrias, realizações, muitos discos para me orgulhar e já há muitos anos nutria uma lembrança de gratidão para com o Boca do Céu por ter sido o agente a propiciar meu primeiro impulso a me tirar da inércia para a música de verdade. Tanto que foi dessa forma que eu encerrei o meu relato sobre o Boca do Céu no primeiro livro autobiográfico, a fechar com a história da banda nos anos setenta e reconhecer o papel que o grupo teve na minha trajetória como um agente inicial e lúdico, ao mesmo tempo. 

Eis que no fim da vida, a oportunidade de resgatar a banda surgiu e enfim conseguimos gravar com nível profissional e lançar uma música, colocar a banda no mundo da música profissional e com direito ao reconhecimento midiático que a banda nunca teve nos anos setenta.

Em suma, foi para a banda, um momento de redenção. Para Osvaldo e Wilton que nunca haviam gravado, a realização do sonho e para eu e Laert, o reencontro com as nossas raízes. Em suma, foi um grande acontecimento, não restou dúvida.

E para dar uma mostra de que os tempos de obscuridade para essa banda já haviam passado, eis que os primeiros resultados midiáticos que eu mesmo empreendi mediante os meus contatos pessoais frutificaram de uma maneira magnífica! E nem deu para esperar o lançamento do dia 19 de setembro, via plataformas, pois logo eu fui avisado que no dia 18, dois programas de rádio anunciaram execução da canção.

E assim, estivemos escalados para participar do programa "Brasil Underground" durante o período da tarde na MKK Webradio e no mesmo dia e emissora, mais ao final da noite, no programa "Sampa Clipping"

Que incrível, antes mesmo da música estrear oficialmente, já tivemos duas execuções radiofônicas! Dias de glória para uma banda de garotos sonhadores nos anos setenta, que não conseguiu realizar tudo o que aspirou coletivamente, mas como diz o ditado popular: "nunca é tarde"...

Continua... 

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