sábado, 5 de novembro de 2016

Exemplo - Por Telma Jábali Barretto

Nada mais forte, convincente mesmo, que o impacto do exemplo.
Faça um discurso e...quase nada acontece. Escreva um tratado e...quase ninguém lê, mas um gesto, uma atitude e, ali mesmo, uma semente irrompe, um ‘pare para pensar’ surge, um insight, um clarão revela...

Algo transpira, exala, e, por alguma coerência interna, muitas vezes não intencionalmente conhecida, defeito ou qualidade, expressa-se, expõe-se e toca, acorda em nós ou com quem convivemos...
E não que isso signifique que sempre será da forma mais serena ou confortável. Muitas vezes algo feio, deselegante, e até grosseiro, provoca essa quebra, despertar... O susto diante do óbvio, surpresa quando presenciamos coisas, que dentro de nós fica a certeza que essa não é a forma que assinamos e preferimos não mais assistir, repetir...
Sim...também aprendemos e crescemos vendo o engano!!! Costuma doer...mas, deixa sua impressão e marca em nós.

Às vezes um só olhar, uma só palavra, ou silêncio bem colocado, reverbera...ecoa, provoca e desperta!
Um posicionamento que contraria a regra, ou regra que diz a que veio, desvenda e apresenta sua lógica e seu porquê...Quando o incontestável fala por si, dispensa palavras ou justificativas, e que a gente não se iluda, pois, também isso, como tudo mais, passará no tempo, como tudo passa, mesmo deixando mudanças, transformando...
De quantas e inspiradoras atitudes construímos nossa história e trajetória... Sobre quantas e decepcionantes quedas, do húmus, alavancamos força ou alicerçamos começos...São quantidades de encantamentos e cicatrizes que aqui nos trouxeram... Bobagens, sonhos, fantasias e ferimentos que pareciam não parar de purgar...e que, ainda e assim, secaram, curaram e, transpostos, sejam todos abençoados pelo que ensinaram, produziram ! Fato é que, em alguns momentos o quebra-cabeças se fecha e enxergamos sentido em meio ao caos ou, ainda, sentimos, percebemos, algo novo no meio do mesmo do mesmo...que, costumeiramente, desprezamos.

Há que se ter olhos, há que se ter escuta para quando o hiato, intervalo revelador promover o clic...e nesse sagrado momento, às vezes fugaz, vindo como tenha vindo, da dor ou do amor, seja reverenciado e acolhido, reconhecido ou não, ali, quanto de repercussão promoverá ... pois, isso, só mesmo o tempo, em sua majestosa e impune passagem, dirá!!!
 
E, que a magia aconteça, que haja atenção para revelações, que haja espaço, intervalo e silêncio propiciadores naturais para esse aprender, para que a Vida,  em sua marcha perene, intocável, não se imponha sobre nós, mas para nós... 




Telma Jábali Barretto é colunista fixa do Blog Luiz Domingues 2. Engenheira civil, é também uma experiente astróloga; consultora para harmonização de ambientes e instrutora de Suddha Raja Yoga. Nesta crônica, fala-nos sobre a questão do "exemplo", de uma forma ampla, e como tais influências moldam-nos para a vida. 

3 comentários:

  1. Eterno Aprender, Apreender, enfim Viver...

    ResponderExcluir
  2. Esse costuma ser o próprio exercício do viver: aprender!
    Grata pelo comentário.

    ResponderExcluir
  3. Esse costuma ser o próprio exercício do viver: aprender!
    Grata pelo comentário.

    ResponderExcluir