quinta-feira, 11 de maio de 2017

Adaptabilidade - Por Telma Jábali Barretto

Diz uma de nossas ciências que sobrevivem somente aqueles com capacidade de adaptação e, esses, parecem ser os mais fortes na própria linguagem da vida... ainda, um filósofo afirma que aquilo que não nos mata, nos fortalece ! Vivendo num mundo tão rápido e mutante, poderíamos dizer que estamos sendo testados a ser mais fortes, quem sabe e até, mais seres humanos, heróis de si mesmos ?!...

Essa competência tira-nos de zonas de conforto, padrões rígidos, inflexíveis, ensinando-nos a fluir como água, líquidos, adquirindo, caso não exista, numa conspiração muito além de nós, habilidade, a ser aprendida para um viver que, talvez ?!..., traga mais colorido, dinamismo, propiciando nuances e sabores desconhecidos, não como uma proposta, necessariamente escolhida por nós, de desafios e aventuras, mas, ao que parece e sim, trazendo revolução ao contexto traçado que, em meio a metas e buscas, saibamos também respeitar, aceitar e ter alguma anuência no conciliar entre planos e diretrizes, acolhendo a também natural oxigenação, revigoradora e provável...?!...reveladora da singular expressão de cada um!
Muito parente da resiliência, essa adaptabilidade propõe amoldar-nos, sem trair conhecidas metas, num transitar entre o masculino e guerreiro, dentro de cada um de nós, e o feminino, também dentro de cada um de nós, que conhece o entender, sentir e absorver, fazendo-nos igualmente receptivos, além de corajosos, num tempero que parece, propiciador de fortalecimento! Essa nova inteireza, integralidade, unidade conquistada em nós, num bonito uso de ir além polarização que divide, pode levar a conhecer uma harmonização de opostos, num somar de fluxos que extraem mais beleza e transmutam dificuldades em ganhos e conquistas! Esse parece ser aquilo que estejamos sendo convidados individual e coletivamente não ?!...Difere bastante de radicalismos / força bruta versus subserviência/sobrevivência, cada vez mais distantes teórica, infelizmente, ainda tão presentes...por forças que em nós, pessoalmente, ainda reverberam e que  se refletem comunitariamente...

Chegar a um denominador comum,  onde sempre se ganha, mesmo e em meio a perdas e aparentes (des) apegos, conhecendo um tipo de abrir mão, concessões, conscientes que, também , isso acresce, agrega e engrandece, onde o caminho e trajetória vêm sendo percorridos num passo a passo de sutilização das percepções, aprendendo a tudo receber e agradecer numa fidelidade, que vai  muito além de amor próprio, autoafirmação, submetedora / despótica ou ameaçada/vítima, de ganha/perde dicotômico, mas num começar a enxergar, perceber e vislumbrar a experiência do existir dentro da magnitude do processo cósmico, que segue em sua abundância, oferecendo-se continuamente generosa, impessoal e equânime, testando-nos no desafio de sermos únicos dentro desse viver nessa multiplicidade mágica, abdicando de cartilhas obsoletas, confrontadoras, inaugurando olhar unificador, sempre vencedor, que aprecia levar-nos a ser quem somos, estimulador de despertar de outros ser quem são !!! E que assim seja em mim, assim seja em vc e que assim em nós !!! Amém...


Telma Jábali Barretto é colunista fixa do Blog Luiz Domingues 2. Engenheira civil, é também uma experiente astróloga, consultora para harmonização de ambientes e instrutora de Suddha Raja Yoga. Nesta reflexão, fala-nos sobre a adaptabilidade, uma característica que anda em paralelo com a resiliência e a paciência e assim serve-nos como força a enfrentar os obstáculos da vida.

5 comentários:

  1. Oi Telma, muito boa esta exposição que você fez dos inter relacionamentos humanos, da necessidade de adaptação na velocidade atual que é alta e nem sempre conseguimos,e vejo como preconizam e temos como uma verdade que o ser (nós) tende a se individualizar e criar seus sistemas de sobrevivência e a partir dessa consolidação ser capaz de expandir-se em direção aos outros.Abraços Adriano.

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    1. Chegar a plenitude passa por essa necessária individualização...que nada tem de individualismo, mas de uma competência sobre si mesmo! Aí sim e com outra habilidade servimos muito além barganhas ou carências e fugas.
      E qta resiliência e ajuste exigiram e exigirão de nós até então...

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  2. Suas palavras são perfeitas, muito bem colocadas. achei ótimo Inclusive a foto Inicial que são folhas e se parecem ou é um ratinho totalmente adaptado?...

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    1. Sobre a ilustração, tomo a iniciativa de responder, pois sou eu, Luiz, o responsável pela edição e escolha de imagens. Optei por essa foto de uma camaleão disfarçado igual a folha, para passar a imagem da adaptabilidade, tema da reflexão da Telma. Sei que o camaleão tem o poder da camuflagem como arma de defesa contra os seus predadores e a proposta da Telma não era exatamente essa, mas por outro lado, não deixa de ser uma espécie de adaptação como tantas que o texto expõe. Gratíssimo pela visita e observação, fico feliz que tenha gostado do texto e das imagens !

      Abraço, Lourdes !

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    2. Gratidão mais uma vez pela leitura e contribuição.
      Esse mimetismo, habilidade de algumas espécies é bem um caminho de sobrevivência...ali institivamente acontece. Já, em nós, só por um exercício de consciência adquirimos essa habilidade de adaptação tão necessária a nossa evolução!
      Abraço e na mas te!

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