sábado, 8 de junho de 2019

Decibéis... - Por Telma Jábali Barretto


Qual o limite de suportabilidade de cada um?!... Com que conforto lidamos com sons altos, sejam eles os bem-vindos, em quais circunstâncias...?!... ou os desconfortáveis, naqueles nos quais exercitamos toda capacidade de suportabilidade pedindo help, socorro, literalmente... Também, com qual frequência referindo-nos às situações da necessidade do barulhinho continuado de fundo até o nenhum som, gerando sempre atenção com incômodo pela ausência ou busca de... 

Nossos hábitos quanto a essa maneira de responder a esses fatos precisando de barulho, gente, ruído ou estímulo por aí, sem intervalo entre toda essa movimentação à nossa volta, fala muito de quem somos. Igual, capacidade e grau de suportação de nossos silêncios, sendo que uns e outros, decretadores com quanto de paz reagimos ao que vem de dentro e de fora. Somos bem pouco treinados para o aquietar, interiorizar... Muito, muito mais instados a toda forma de exteriorização e menos à introspecção e... consequentemente, menos atentos aos nossos respiros, suspiros, hiatos. Partindo dessa premissa, sabedores ser essa forma de fazermos contato conosco mesmos, pouco atentamos para essas corriqueiras frases feitas do “ouça seu coração”, “é de dentro que vem a resposta”, etc...etc... que tipo de escuta, então, será essa ?!... A que, quando e como ouviremos isso buscado nesse respeito a nós mesmos ?!... 

Instintos, sensações, naturalmente, saltam, quase sempre oriundos de extremos emocionais ?!... Não é isso mesmo ? Será que esse caraminholar, respeitado e tão almejado no propalado como bem-vindo e saudável, se sim, vale reflexão... ainda, sendo um começo para esse admirável mergulho interno, uma cautela, critério e apreciação daí devem advir...be, que seja, conscientemente, investigada, praticada e melhor... diante das incríveis descobertas passadas por um novo e mais responsável filtro, mediador das naturezas que nos movem ou... ressignificando, trazendo luz e sombra para outro patamar a níveis incomuns, até aqui, instauradores de diferentes jornadas por desbravar. Florescer... em meio a gritos e quietudes ! E... de quantos degraus, chãos de areias levados pela água, são nossos desafios de alma que nos trouxeram onde estamos e nos conduzirão, onde buscamos ou seremos conduzidos pela Força da Vida em Sua Linguagem interminável, incólume e sempre sábia! De quanta beleza em meio a assombros e encantos a cada trajetória...


Telma Jábali Barretto é colunista fixa do Blog Luiz Domingues. Engenheira civil, é também uma experiente astróloga; consultora para a harmonização de ambientes e instrutora de Suddha Raja Yoga. Nesta reflexão,discorre sobre a questão da balbúrdia em que vivemos no cotidiano da sociedade e o quanto tal ruído social atrapalha-nos em nossa necessidade para que apaziguemo-nos no reconforto do silêncio interior.

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