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sábado, 7 de maio de 2016

Autobiografia na Música - Magnólia Blues Band - Capítulo 29 - Por Luiz Domingues

A Magnólia Blues Band foi uma ideia que nasceu da parte do tecladista, Alexandre Rioli, que além de ser proprietário da casa Magnólia Villa Bar, é um grande aficionado de Blues e Rock'n' Roll.
 
Como sempre atuou com participações, a tocar o seu piano em apresentações que Os Kurandeiros faziam ali naquela casa, há anos (mesmo antes da minha entrada naquela banda em 2011), ele vislumbrou a possibilidade de nos tornarmos uma "outra" banda, com a intenção específica de tocarmos toda quarta-feira na casa, e a cada semana, trazermos um convidado da cena do Blues, para o acompanharmos, para executar-se clássicos do gênero.

Aceitamos a ideia, pois não atrapalharia em nada os nossos planos para manter a agenda d'Os Kurandeiros em plena atividade, além de nos colocarmos também como o "Nu Descendo a Escada", a banda de apoio de Ciro Pessoa, ou a trocar em miúdos, eu (Luiz Domingues), Kim Kehl e Carlinhos Machado, fomos o núcleo duro de três bandas, com trabalhos distintos. 

E assim, logo no início de janeiro de 2014, essa história começou a ser contada, e a cada semana, muitas figuras importantes da cena do Blues foram convidadas e se apresentaram conosco, em noites que entraram para a história.

Logo percebemos que não seriam noitadas puristas, focadas no Blues, tão somente, mas a se desdobrar em muitos outros gêneros. 
O Rock'n' Roll, logicamente, mas também a Soul Music, R'n'B, Gospel, Funky, Jazz, Country e até passeios por gêneros distantes dos princípios iniciais, como os ritmos latinos, a música Pop, Hard-Rock, Glitter Rock, Rock Progressivo, MPB... enfim, a Quarta Blues foi eclética e generosa para quem a vivenciou.

E assim atravessamos o ano de 2014, com muitos convidados, e fica a lembrança registrada em nossa memória, mas disponível em fotos e vídeos, também, desses grandes momentos a recepcionar tantos artistas sensacionais. A maioria deles, guitarristas, mas também foram muitos baixistas, tecladistas, gaitistas, e cantores que estiveram conosco, fora as aparições surpreendentes, como o caso de um saxofonista que saiu da plateia que veio participar, certa vez.

Ao final de 2014, a estratégia se pôs a mudar, e uma tentativa de convidar bandas inteiras para dividir a noitada foi feita e com sucesso em algumas ocasiões, a se estender ao começo de 2015. 

Um problema de saúde, justamente comigo, fez com que a banda sofresse por um período, quando eu estive impedido de atuar, a enfrentar a internação hospitalar e cirurgias. E para agravar a situação, foi um período onde a casa sofreu sanções da parte do poder público, por motivo de excesso de ruído e quando voltou à ativa, uma nova fase sobreveio, com a obrigatoriedade de apresentar-se de forma acústica.

Por sorte, logo um convidado mudaria tal panorama. Ao se tornar um membro fixo da banda, o cantor, Bruno Mello, chegou com a proposta de trazer o elemento Pop à "Quarta Blues", e assim, tal direcionamento fez com que a adequação do formato acústico se encontrasse com tal repertório sob o teor Soft-Rock, e assim, uma nova fase adveio para a banda.

Porém, o Bruno era do Rio de Janeiro, e quando o seu trabalho corporativo encerrou-se em São Paulo, a sua partida também significou a sua saída da banda, infelizmente.

Seguimos em 2015, a mesclar o repertório tradicional do Blues com o cancioneiro Pop da "Era" Bruno Mello, mas sem convidados doravante, a não ser quando alguém do meio veio nos visitar e subiu ao palco para uma participação informal. 

Ao entrarmos em 2016 com mesma toada, sabíamos no entanto que a situação da casa não estava alheia à situação do país naquele instante de turbulência política, social e econômica, sobretudo, portanto, fomos a suportar o projeto na determinação, mas a pressentir que ele estava a ser minado pelas circunstâncias distantes à nossa vontade.

Enfrentei de novo problemas de saúde, se bem que desta feita mais amenos e mal voltei às atividades, eis que o Alexandre Rioli, sem outra alternativa, anunciou modificações na estrutura da sua casa, e a "Quarta Blues" foi cancelada, e consequentemente, a banda desfeita.

Fica a ressalva que esta banda poderá voltar em ocasiões sazonais e talvez possa haver uma reativação de suas atividades no futuro, e se isso ocorrer, novos capítulos poderão ser escritos no futuro. Fica aqui o agradecimento pelos dois anos e quatro meses de atividade que atingimos, e que muitas alegrias nos proporcionou em tantas quartas-feiras. 

Com calor e frio, chuva e céu estrelado, estivemos ali firmes e fortes a tocar, recepcionar grandes artistas, a produzirmos momentos de brilhantismo musical para nos orgulharmos, improvisos, erros para darmos risada de nós mesmos, aplausos e suspiros.

Fica a lembrança das quartas regadas a futebol no telão (quanta está o jogo? Quem fez o gol?), mas sobretudo, com muita música e conversas agradáveis em meio a tantos amigos presentes. No meu caso em específico, foi um aprendizado e tanto, pois jamais preparei-me para ser "músico da noite", e toda a minha carreira foi focada no som autoral. Portanto, após quase quarenta anos a tocar apenas o que criei, fui impelido a aprender a acompanhar, tocar muitas músicas que nem conhecia, e aprender assim a dinâmica do improviso sob outro viés que não autoral.

Respaldado pelos amigos Kim, Carlinhos e Alexandre, só posso agradecer pela paciência que tiveram comigo nesse sentido, em tolerar as minhas falhas e incentivar-me a adaptar-me à essa realidade musical. 

E assim foi a Magnólia Blues Band, uma banda que nasceu para tocar clássicos do Blues, mas que no desenrolar dos fatos, mostrou-se muito eclética, por tocar diversos outros gêneros. Sou muito grato à essa banda pelo aprendizado, e pelas noitadas de dezenas de quartas, muito felizes, de 2014, 2015 e 2016.

A falar das pessoas que estiveram nesse projeto, agora:

1) Equipe do Magnólia Villa Bar:

Por ser uma banda criada para atuar exclusivamente em uma casa noturna, naturalmente que não dispunha de uma equipe de produção própria para auxiliá-la. Portanto, nomeio apenas três pessoas, funcionárias do Magnólia Villa Bar, que estiveram conosco nesses anos todos.

A) Dona Terezinha, a cozinheira da casa, a quem agradecemos pelos lanches, os clássicos : "X-Músico", que ela preparava com carinho para serem consumidos no intervalo das apresentações.

B) Edson da Silva - Técnico de som que operava o PA da casa, e muitas vezes se esmerou para consertar situações de emergência, com panes aqui ou acolá, portanto, receba o nosso muito obrigado por tudo.

C) Lídia Forjaz - A gerente da casa, que sempre nos tratou com extrema simpatia, e costumava aplaudir-nos, mesmo lá de longe, no caixa do estabelecimento...

2) Os músicos convidados:

Um super agradecimento à todos os músicos que aceitaram convite, e lá foram nos brindar com o seu talento e simpatia. Gostei de tocar com todos e muitos, se tornaram meus amigos doravante.

Meu muito obrigado a: Chico Suman, Carlinhos "Jimi" Junior, Ivan Marcio, Wagner Andrade, Duca Belintani, Lincoln Mugarte, Rui Bueno, Rodrigo Batello, Marceleza Bottleneck, Adriano Segal, Xando Zupo, Fabio Brum, Anette Santa Lucia, Adriano Deep, Baby Labarba, Big Chico, Thomas T. Love Jensen, Ricardo Corte Real, Marcelo (saxofonista da plateia), Alex Dupas, Edu Dias, Ciro Pessoa, Isabela Johansen, Marcião Pignatari, Paulo Toth, Amleto Barboni, Maria Arruda Alvim, Claudio "Casão" Veiga, Dino Linardi, Guilherme Spilack, Fernando Ceah, Binho "Batera", Rodrigo Hid, Dino Linardi, Ryu Dias, Ayrton Mugnaini Junior, Marcos Mamuth, Rubens Gióia, Nelson Ferraresso, Maria Christina Magliocca, Paulo Morgado, Wilson Ricoy, Roger Bacelli, Cris Stuani, Fulvio Siciliano, Milton Medusa, Carlos Frederico Bomeisel, Norba Zamboni, Paulo Sá, Michael Navarro, Fernando Vinhas, Ed Cruz Junior, Banda Electric Pepper, Elizabeth "Tibet" Queiróz, Fernando Rappoli, Lili Mallagolli, Frank Hoernen, Banda Four Ol' Bones, Claudio "Moco" Costa, Rico Bass, Marco "Pepito" Soledad, Rey Bass, Kalil Bentes, Rodolfo Braga, Fernando Alge, Paulo Krüeger, Alê Bass, Sérgio Luongo, Guilherme Ramazotti, Joe Roberts, Willie de Oliveira, Marcelo (gaitista da plateia), Marco "Bacalhau" Aurélio e Sérgio Candido dos Anjos.

Um destaque especial para Fulvio Siciliano e Cris Stuani que chegaram a substituir, Kim Kehl, quando este não pode comparecer em duas ocasiões; Binho "Batera" que substituiu Carlinhos Machado também sob uma circunstância emergencial, e Sérgio Luongo, Rey Bass e Alê Bass, que cobriram a minha ausência quando eu fiquei doente.

3) Membros da Magnólia Blues Band:

Da esquerda para a direita: Kim Kehl, Bruno Mello, Carlinhos Machado & Luiz Domingues
 
A) Bruno Mello - O meu agradecimento à este grande cantor, que veio inicialmente para ser mais um convidado de honra de uma edição da "Quarta Blues", mas que foi a repetir atuações e que consideramos o quinto membro dessa banda, mesmo não tendo percorrido toda a trajetória da banda.  

Por sua atuação como cantor e pelo poder de suas sugestões, Bruno desempenhou uma colaboração muito grande, a trazer uma nova fase à banda, com repertório alternativo de forte apelo Pop, vindo a calhar pelas necessidades sonoras que se desenharam naquele momento, em termos da obrigatoriedade da banda coibir volume e ímpeto, a apresentar-se de maneira acústica.

A sua participação foi entre junho e outubro de 2015, mas a amizade solidificou-se ad eternum, tenho certeza. 
                    Alexandre Rioli em foto de Lincoln Baraccat

B) Alexandre Rioli - Tecladista de formação Blues/Rock'n' Roll, bom de Boogie-Woogie, muito acrescentou à banda com o seu piano sempre cheio de nuances coloridas.

Dono do Magnólia Villa Bar, foi o idealizador da banda e do Projeto "Quarta Blues". Sou-lhe grato pela oportunidade, acolhida em sua casa, a se estender ao usufruto de sua infraestrutura, mas sobretudo ao seu piano enriquecedor nas centenas de músicas que tocamos ali naquelas quartas.

            Carlinhos Machado, baterista superb & gentleman

C) Carlinhos Machado - O nosso baterista é um dos maiores gentleman que já conheci. Um sujeito solícito, super humano, amigo de todas as horas. Sou-lhe grato pelas noitadas todas que fizemos juntos nessa banda, e aproveito para lhe agradecer pela solidariedade nos momentos difíceis que eu tive em 2015 e 2016, por conta de meus problemas de saúde, e onde ele gentilmente me deu suporte, ao ajudar-me em uma fase onde a proibição médica de carregar peso se fez premente e assim, Carlinhos foi um amigão em dar-me essa força braçal nas horas difíceis.

O lado bom desta parte do relato é que não estou a escrever em tom de despedida, visto que encerrada as atividades da Magnólia Blues Band, estou a pleno vapor com ele em uma outra banda ("Os Kurandeiros), sendo assim, a minha parceria com Carlinhos seguirá por muito tempo, assim espero. 

                        Kim Kehl, em foto de Lincoln Baraccat

D) Kim Kehl - O nosso guitarrista, por ter forte conhecimento na área do Blues, naturalmente tornou-se nosso pilar para esse projeto dar certo. Com o Kim na banda, sempre foi mais de 50% de certeza de que tudo daria certo, independente dos convidados a cada semana, pois tocávamos seguros com ele no leme da embarcação. 

Tudo o que eu disse sobre o Carlinhos, serve ipsis litteris para o Kim, e acrescento que graças aos seus esforços pessoais, e de sua esposa, Lara Pap, a Magnólia Blues Band teve uma carreira amplamente documentada, a contar com um acervo de fotos e vídeos de toda a sua carreira. Todo esse material está disponível no seu canal pessoal do YouTube e muitos (não todos, tem muito mais), eu reproduzi nos capítulos da história da banda.

E mesmo caso, espero prosseguir em sua companhia por muito tempo, na outra banda onde tocamos na atualidade ("Os Kurandeiros").

Bem, como eu já enfatizei, está banda pode voltar e gerar mais histórias. Se acontecer, serão registradas devidamente nesta autobiografia.

Uma particularidade não musical, esta banda (assim como Os Kurandeiros enquanto trio - eu, Luiz, Carlinhos & Kim), é uma banda inteiramente formada por palmeirenses. A Magnólia Blues Band é uma banda alviverde 100%, fato raro na minha carreira, onde sempre atuei em bandas bem misturadas em termos de paixões clubísticas, e tal fato só foi parcialmente interrompido com a presença do Bruno, torcedor do Fluminense.  

Está encerrada a história da Magnólia Blues Band, mais uma banda em que eu tive orgulho de ser componente, e enriquece a minha trajetória geral.

Ficam em aberto as histórias d'Os Kurandeiros, diversos desdobramentos com trabalhos avulsos e capítulos reabertos por bandas que eu tive no passado, que geraram novas histórias.

Até logo...

sexta-feira, 1 de abril de 2016

Autobiografia na Música - Magnólia Blues Band - Capítulo 28 - Por Luiz Domingues

Claro que ficamos chateados com a partida do amigo, Bruno Mello.
Nos acostumamos com a sua presença no palco, a sua voz e sobretudo a amizade que estabelecemos diante de sua camaradagem e companheirismo total. Porém, a vida teve que seguir, e o projeto ainda nos aguardara toda quarta no palco do Magnólia Villa Bar.

No dia 28 de outubro, voltamos a nos apresentar em trio. Nem o Alexandre pode comparecer para reforçar o som com os seus teclados.
Passado o feriado de finados, no dia 11 de novembro, uma participação inusitada ocorreu. Não foi a primeira vez que isso nos aconteceu, mas o fato é que um rapaz da plateia saiu da sua mesa em dado instante da nossa apresentação e com uma gaita em mãos, subiu ao palco e deu o seu recado. Não parecia ser músico profissional, mas foi corajosa a sua iniciativa, e certamente que deve ter atingido o seu objetivo que fora impressionar a sua bela namorada, que ficou sentada na mesa, toda orgulhosa. Não anotei o seu nome, inteiro, só me lembro dele ter dito que se chamava: Marcelo.

Mais duas noites em trio sucederam-se, nos dias 18 e 25 de novembro de 2015.  Em 2 de dezembro de 2015, recebemos a visita do casal  Ciro & Isabela Johansen. Ciro não quis cantar, Mas Isa veio para o palco e cantou: "Light my Fire" do The Doors, conosco.

Lastimavelmente, foi a última interação musical que tivemos com a nossa amiga, pois algumas semanas depois o casal concretizou a sua separação, e consequente saída da Isabela da nossa outra banda, o Nudes. Mas claro, essa história em particular está esclarecida no capítulo da minha trajetória com Ciro Pessoa & Nudes, mas obviamente sem entrar no mérito da separação do casal.

Voltamos a tocar na Quarta Blues como trio, nos dias 9, 16 e 20 e no dia 23 de dezembro, fizemos a última edição de 2015, a contar com o Alexandre Rioli conosco e assim revivemos ali o nosso repertório clássico dos primeiros tempos, com o Blues a representar o pilar máximo, mas também a passear pelo Rock'n' Roll e outros gêneros, também, naturalmente.
O ano de 2015 findou-se e o projeto seguiu, apesar das intempéries. A minha ausência pela doença que acometeu-me no início do ano e os problemas que a casa teve com fiscalização de ruídos noturnos, obrigaram-nos a mudar as suas características iniciais de 2014. Todavia, foi para se orgulhar como todos os envolvidos no projeto não se deixaram abater e a "Quarta Blues" prosseguiu.  
Deixo aqui também o meu agradecimento pessoal pela paciência e extremo companheirismo de Kim Kehl, Carlinhos Machado, Alexandre Rioli, os membros do Magnólia Blues Band e mais Lara Pap, nossa produtora, além de dia Forjaz (gerente), Edson Silva (técnico de som), a cozinheira, Terezinha, e demais funcionários da casa, que apoiaram-me e torceram pela minha recuperação.
Magnólia Blues Band + amigos + músicos amigos / 13 de janeiro de 2016. Em 13 de janeiro de 2016, fizemos a primeira apresentação do novo ano e tivemos as visitas de Cris Stuani e Ciro Pessoa, que naturalmente cantaram conosco.
Mais apresentações nos dias 20 e 28 de janeiro de 2016, como trio aconteceram no tradicional bairro da casa do bairro da Lapa. Abrimos o mês de fevereiro de 2016 nessa mesma dinâmica tradicional, mas na semana do carnaval, descansamos como bons Rockers & bluesman que não tem nada a ver com a farra do Rei Momo.

Em 17 de fevereiro, Ciro Pessoa compareceu e fez uma entrada inteira conosco, a tocar o repertório dos Nudes. Recebemos também a visita do baterista do Ultraje a Rigor, Marco "Bacalhau" Aurélio, que tocou uma música conosco.
Da esquerda para a direita : Kim Kehl; Ciro Pessoa; Marco "Bacalhau" Aurélio; Carlinhos Machado e Luiz Domingues 

David Bowie havia desencarnado há poucos dias, e Ciro cantou "Moonage Daydream" conosco. Bem, adoro essa canção e o Bowie, portanto, foi bem emocionante passar essa energia ao universo, onde sei que tal energia chegou no nosso mestre camaleão.

Na semana seguinte, o Kim tinha um compromisso inadiável. Foi participar de uma liturgia sagrada, a louvar "São Keith Richards"... e por azar nosso (mas sorte dele), o ingresso que ele tinha para assistir o show dos Rolling Stones foi para a quarta, e não para o sábado, portanto, fizemos uma Quarta Blues sem a sua presença.
Apesar disso, foi bem divertido fazer a noitada com o Fulvio Siciliano na pilotagem do violão, e que no caso foi uma guitarra tocada muito "baixinha" para não ferir o pacto de silêncio que estabelecemos para não colocar a casa em risco com os fiscais do "Psiu". E ele tomou a liberdade de convidar um amigo seu, chamado: Sergio Cândido dos Anjos.  
"Crossroads" com a Magnólia Blues Band + Fulvio Siciliano + Sergio Cândido dos Anjos

Eis o Link para assistir no YouTube:
https://www.youtube.com/watch?v=_jtupNSi9jY 
"Mary Have a Little Lamb" com a Magnólia Blues Band + Fulvio Siciliano + Sergio Cândido dos Anjos

Eis o Link para assistir no YouTube:
https://www.youtube.com/watch?v=zxRHj3ZjG94  
"Nothing but a Woman" com a Magnólia Blues Band + Fulvio Siciliano + Sergio Cândido dos Anjos

Eis o Link para assistir no YouTube:
https://www.youtube.com/watch?v=qky2U_sGhQc
 
O nosso baterista, Carlinhos Machado, mais Fulvio Siciliano e Sergio Cândido dos Anjos, haviam sido companheiros em uma banda chamada: "Blue Trip", que rodara pela noite paulistana no início dos anos noventa, portanto, foi muito prazeroso ver como ficaram animados em se reencontrar e tocarem juntos, depois de tantos anos.  
"Wonderful Tonight" com a Magnólia Blues Band + Fulvio Siciliano + Sergio Cândido dos Anjos

Eis o Link para assistir no YouTube:
https://www.youtube.com/watch?v=aOUJx-j74GM
 
Sergio Cândido dos Anjos revelou-se um cantor sensacional, e uma figura extremamente simpática, para tornar a noite ótima, apesar da ausência do Kim e do Alexandre.

Na semana seguinte, o nosso amigo Kim esteve conosco de novo. Empolgado por ter visto os Stones em ação, ele nos contou as suas impressões sobre o show e foi um prazer ouvi-lo a nos contar.

Com um violão dobro em mãos, a noitada de 2 de março de 2016 não poderia ter sido melhor, pois foi uma noitada de Blues em essência, e honrou a tradição pela qual essa banda fora fundada.
E assim sucedeu-se também nos dias 9 e 16 de março de 2016.

No dia 16, foi a última apresentação de março com a minha presença, pois no dia 17, eu internei-me novamente com o objetivo de realizar uma nova cirurgia abdominal. A decorrência das duas cirurgias que eu fiz em 2015, abriu a possibilidade de uma hérnia crescer na parede interna do meu aparelho digestivo-intestinal, e nesses termos, desde o final de 2015, eu vinha a sentir incômodo, e quase sempre a tocar sentado nas três bandas em que estava a atuar.

Recuperei-me de uma forma bem mais amena desta feita, ao perder apenas duas edições da "Quarta Blues". Em uma delas, o amigo Sérgio Luongo foi gentil em substituir-me, mas na segunda ocasião, ele mesmo não pôde atuar, por também ter que parar para submeter-se à uma cirurgia, ironia do destino.  Nesse caso, Kim e Carlinhos apresentaram-se em formato duo, também sem o Alexandre aos teclados. 

Voltei a trabalhar no dia 6 de abril de 2016, e com alegria, o quarteto clássico da Magnólia Blues Band apresentou-se. Particularmente senti-me feliz com uma volta muito mais rápida que a de 2015, e assim a noite foi de simbolismo forte nesse sentido. Daí para encerrar essa fase do meu relato, neste ponto da metade de março de 2016.
No dia 13 de abril de 2016 fizemos mais uma apresentação tradicional, e com a presença do Alexandre. 

Mas os ventos da economia e da política, que já sopravam de forma tenebrosa há tempos, intensificaram-se nesses meses de março e abril de 2016, no Brasil, e a se tornarem mesmo uivantes, digamos assim, decretaram o fim do projeto, com pesar de todos.

A mudar radicalmente o perfil do Magnólia Villa Bar, a casa nesse ponto estava a modificar o seu foco para se tornar um restaurante, e sem os shows musicais, portanto, assim encerrou-se a saga da Quarta Blues, e consequentemente, a formação da Magnólia Blues Band.  

Alexandre Rioli no entanto, deixou uma porta aberta para que no futuro a banda se apresentasse em ocasiões sazonais ou mesmo voltasse à ativa, se a casa pudesse ter novamente o perfil musical acentuado, ao se prevenir contra a expansão do ruído, e não ter mais problemas com a vizinhança e fiscalização da prefeitura.

Todos torcemos para que isso ocorresse e assim, novas histórias da Magnólia Blues Band poderiam ser escritas. Mas infelizmente, a apresentação do dia 27 de abril de 2016, entrou para a história como a última da banda.

Fotos da última apresentação da Magnólia Blues Band, em 27 de abril de 2016, de Jani Santana Morales

Portanto, encerro aqui, a história da minha trajetória com a Magnólia Blues Band.  Fica a ressalva de que essa banda pode voltar para apresentações sazonais ou regulares, a qualquer momento, de forma nostálgica que o seja.
Para efeito de continuidade da autobiografia, adendos dos capítulos sobre Kim Kehl & Os Kurandeiros e Ciro Pessoa & Nu Descendo a Escada, minhas bandas na ativa neste momento de abril de 2016, serão escritos no futuro, conforme já deixei estabelecido nos capítulos finais dessas duas bandas.

Agradeço aos leitores pela atenção até aqui, e espero contar com todos, quando lançar as atualizações devidas de outras histórias que estão abertas, em plena construção.

Hora para falar dos personagens dessa história da Magnólia Blues Band!

Continua...

terça-feira, 8 de março de 2016

Autobiografia na Música - Magnólia Blues Band - Capítulo 27 - Por Luiz Domingues

Teríamos uma participação especial na semana seguinte, e desta feita se tratara de um artista convidado pelo Alexandre Rioli, a quebrar o padrão anterior, onde geralmente o Kim Kehl tomava tal dianteira de formular o convite inicial, e sob uma segunda instância, eu e Carlinhos também fizemos alguns convites em 2014. Tal cantor se chamava: Bruno Mello e ele era (é) um cantor carioca que também trabalhava no mundo empresarial corporativo e estava em São Paulo a fazer uma trabalho por tal empresa, e por ser amigo do Alexandre, aceitou de pronto o convite de vir cantar conosco.
Acostumado a cantar pela noite carioca com a sua banda, Bruno pareceu ser apenas um convidado a mais a entrar na lista dos que convidamos, mas não foi assim o que ocorreu e mal sabíamos, mas seria o início de uma parceria das mais profícuas.
No dia 24 de junho de 2015, Bruno veio e se adaptou rapidamente ao nosso esquema de improviso total e apenas pediu para cantar duas canções de fora de nossos planos que o Kim preparou. Uma delas foi uma canção de uma banda Pop relativamente moderna, chamada: Keane" ("Everybody's Changing"), e a outra canção se tratou de uma balada, também, bem orientada pelo teor Pop radiofônico, mas esta a se revelar dos anos oitenta, do Whitesnake ("Is This Love").
Ambas estavam bem fora do nosso esquadro, naturalmente, mas não haveria nada de mal em incluí-las e naturalmente que o nosso convidado mantinha apreço por ambas e devia cantá-las com entusiasmo. A noite foi ótima e lembrou bastante o espírito das noitadas de 2014, embora estivéssemos sob um formato acústico bastante comedido doravante, e eu naquela situação de debilidade física, infelizmente.

Simpático, comunicativo e muito brincalhão, Bruno Mello estabeleceu sinergia instantânea conosco. Mas até então, quando a noite acabou, não suspeitávamos que essa parceria seria estabelecida de uma forma contínua e não em apenas uma apresentação sazonal.

Nessa mesma noite, o garoto, Guilherme Ramazotti, apareceu novamente e desta vez veio munido de um violão, sabedor que a Quarta Blues agora não poderia ser mais elétrica.

O rapaz tocou algumas canções conosco, naturalmente, e eu apreciei ver a sua persistência e coragem em querer tocar, e sobretudo ao não se inibir em voltar ao Magnólia sob uma segunda oportunidade, mas sobretudo por não se inibir em se oferecer para tocar com músicos experientes como nós, cinquentões a caminhar céleres para a idade sexagenária.
Da esquerda para a direita: Kim Kehl, Luiz Domingues, Alexandre Rioli, Bruno Mello, Guilherme Ramazotti e Carlinhos Machado

Noite de 24 de junho de 2015.
"Feelings", com a Magnólia Blues Band + Bruno Mello

Eis o Link para assistir no YouTube:
https://www.youtube.com/watch?v=StsvBpU1AzU 
"Rock 'n Roll Lullaby", com a Magnólia Blues Band + Bruno Mello

Eis o Link para assistir no YouTube:
https://www.youtube.com/watch?v=HWSWCZm8dhk
"Everybody's is Talking" com a Magnólia Blues Band + Bruno Mello

Eis o Link para assistir no YouTube:
https://www.youtube.com/watch?v=nGZgpLFeTHg

Quando chegou a quarta seguinte, fomos informados que Bruno Mello participaria de novo. Ele estava a viver uma rotina em sua empresa, ao passar a semana em São Paulo e só voltar ao Rio de Janeiro para rever a sua família nos finais de semana, portanto, a estar toda quarta disponível, ou quase toda, pois vez por outra ele teve que viajar à cidades interioranas a trabalho, para nos desfalcar.
Mas foi assim então, meio de improviso e sem alarde, que percebemos que Bruno Mello houvera se efetivado como membro da Magnólia Blues Band, praticamente.
"Still you Turn me on", com a Magnólia Blues Band + Bruno Mello

Eis o Link para assistir no YouTube:
https://www.youtube.com/watch?v=cufa_KP9dVQ
"If" com a Magnólia Blues Band + Bruno Mello

Eis o Link para assistir no YouTube:
https://www.youtube.com/watch?v=KPEk6xt35L0

E isso foi ótimo, pois além de ser um bom cantor, Bruno revelou-se um grande amigo que estabeleceu um entrosamento total para conosco.
Sob o ponto de vista musical, a sua entrada foi responsável por mudanças na nossa linha de atuação.
"Smile" com a Magnólia Blues Band + Bruno Mello

Eis o Link para assistir no YouTube:
https://www.youtube.com/watch?v=mzrygMwCG3k 
"Lay Down Sally" com a Magnólia Blues Band + Bruno Mello

Eis o Link para assistir no YouTube:
https://www.youtube.com/watch?v=qqZcqAAST-g
"Eu ando tão Down" coma Magnólia Blues Band + Bruno Mello

Eis o Link para assistir no YouTube:
https://www.youtube.com/watch?v=AzNvoy3Jw6U 
"Guitar Man" com a Magnólia Blues Band + Bruno Mello

Eis o Link para assistir no YouTube:
https://www.youtube.com/watch?v=13HNuQP23uw 

Claro que ele se entusiasmara para cantar e com desenvoltura, clássicos do Blues e do Rock'n' Roll, as molas mestras do nosso projeto, mas também propôs a inclusão de muitas baladas e o Kim apreciou essa abertura, pois passamos a tocar certas canções absolutamente inusitadas e que inclusive incorporaram-se também ao repertório d'Os Kurandeiros.
Canções como: "Rock'n'Roll Lullaby", "Guitar Man", "Year of the Cat", "Just the Way You Are", "I Never Cry", "The First Cut is the Deepest", "If", "Without You", "Sylvia", "Eu ando tão Down", e até a popularesca, "Feelings", entraram na base do puro improviso, e foi muito surpreendente verificar como agradaram em cheio ao público.
Aliás, "surpreendente" não é a melhor palavra, pois embora o evento fosse calcado no Blues, o público normal ali presente nunca foi formado por aficionados radicais, mas a se mostrar eclético, aberto a ouvir música de outras vertentes.
A Magnólia Blues Band em 29 de julho de 2015; Da esquerda para a direita: Kim Kehl, Alexandre Rioli, Bruno Mello, Luiz Domingues e Carlinhos Machado. Click: Lara Pap

Portanto, essa incorporação de tantas canções oriundas de um cancioneiro não necessariamente da raiz do Blues, foi um achado e esse mérito o Bruno teve ao nos propor tais inserções.
E claro, naturalmente que ele as apreciava, e elas se moldavam ao seu alcance vocal e timbre. E até o Rock Progressivo setentista foi anexado! Eu jamais poderia imaginar que tocaria: "Still, You Turn me on", do Emerson; Lake & Palmer, em uma Quarta Blues!
Muitas canções do Eric Clapton ("Bell Bottom Blues", "Wonderful Tonight", "Change the World", "Layla", "Lay Down Sally"), também anexaram-se, mas nesse caso, foi um tipo de material que o Kim mantinha em seu espectro natural por também conhecer bem a carreira do grande guitarrista inglês etc. e tal.
Bem, e assim nossas apresentações ficaram cada vez mais ecléticas.
Tocamos nos dias 1º, 8, 15, 22 e 29 de julho de 2015.
Já muito amigo, estávamos muito entrosados e toda quarta dali em diante, foi um prazer por contar com a sua voz, mas também com sua companhia sempre animada. Foram ótimas as conversas, as risadas que demos juntos, os "causos" contados etc. Seguimos firme em agosto, nos dias 5, 12, 19 e 26.
Mais músicas inusitadas foram incorporadas. Uma versão de "Smile" do Charlie Chaplin, tocada em versão Soul Music era muito agradável de ser executada. Isso abriu caminho para que tocássemos outras trilhas de filmes ("Arthur" e "Everybody's Talking", por exemplo), e claro que era ótimo.
"Just the Way you Are" com a Magnólia Blues Band + Bruno Mello

Eis o Link para assistir no YouTube:
https://www.youtube.com/watch?v=EebOL_S0ryk 
"I Never Cry", com a Magnólia Blues band + Bruno Mello

Eis o Link para assistir no YouTube:
https://www.youtube.com/watch?v=hQeLDl8BQMw
"Sylvia" com a Magnólia Blues Band" + Bruno Mello

Eis o Link para assistir no YouTube:
https://www.youtube.com/watch?v=1RLeR0ugvQw
Luiz Domingues & Osvaldo Vicino: metade do Boca do Céu reunido em 2015, trinta e nove anos depois de sua fundação!

Ainda em agosto, eu tive uma visita maravilhosa em meio a uma dessas Quartas Blues: Osvaldo Vicino, o meu velho amigo, guitarrista da minha primeira banda, o "Boca do Céu", havia dito que gostaria de me rever para colocarmos a conversa dia (fora as redes sociais, onde conversávamos desde 2012, aproximadamente, não nós víamos pessoalmente desde 1978, portanto, houve muita conversa para se colocar em dia.

Fiquei muito feliz quando o vi a adentrar o salão do Magnólia Villa Bar e mesmo não sendo possível conversarmos muito, pois eu ainda convalescia, foi um grande momento para a minha jornada particular.
Como eu já salientei no capítulo sobre o Boca do Céu, o primeiro desta autobiografia, o Osvaldo foi o iniciador de tudo para eu pudesse me tornar músico, pois até então, tudo fora vago, apenas um devaneio, um sonho etéreo que eu alimentara desde 1974, 1975, aproximadamente. Graças à ele, em abril de 1976, quando me convidou para formar uma banda "de verdade", foi a porta que se abriu para que eu fosse de fato concretizar tudo etc.
Osvaldo Vicino & Luiz Domingues, em 2015, a representar o Boca do Céu de 1976! 

Que prazer portanto, revê-lo nessa noite e só fiquei chateado por estar em estado de debilidade física, a me recuperar das cirurgias que fizera recentemente e portanto, a tocar sentado, de forma comedida.

Seguimos em setembro nessa rotina, ao tocarmos nos dias 2, 16, 23 e 30. Somente no dia 9, não contamos com a presença de Bruno Mello, devido à suas idas esporádicas para cidades interioranas.
Bruno nos falava sempre que o trabalho na empresa era massacrante, com a devida pressão por resultados que é típica do mundo corporativo. E nesses termos, dizia-nos abertamente que o final de semana no Rio com a sua esposa e filha, e as quartas a cantar com a nossa banda, estavam a se configurar como a sua válvula de escape para administrar o cansaço. Imaginávamos o quanto era salutar para ele participar e de nossa parte, era sempre um prazer contar com a sua presença. 
"Georgia on my Mind"com a Magnólia Blues Band + Bruno Mello

Eis o Link para assistir no YouTube:
https://www.youtube.com/watch?v=hYDiCWDN8KQ
"The First Cut is the Deepest", coma Magnólia Blues band + Bruno Mello

Eis o Link para assistir no YouTube:
https://www.youtube.com/watch?v=fO-UJrIvTsQ

De certa forma, a sua figura e situação, me fizeram recordar do Paulo Eugênio Lima, vocalista da banda: Terra no Asfalto com a qual toquei no longínquo período de 1979-1982. Bruno me lembrava muito o Paulo Eugênio, pelo fator de ser um bom cantor, comunicativo, extrovertido e também por ter uma vida dividida entre a música e o trabalho no mundo corporativo tão competitivo e estressante.

Em outubro, tocamos juntos nos dias 7, 14 e 21.  No dia 21, além do Bruno Mello, tivemos a presença ilustre do vocalista, Willie de Oliveira, ex-backing vocalista do Tutti-Frutti e Cães & Gatos da Rita Lee nos anos setenta e posteriormente, vocalista do "Rádio Táxi", nos anos oitenta. Claro que Willie cantou conosco, também.
Última apresentação de Bruno Mello conosco, e com a visita de Willie de Oliveira, ex-vocalista do Rádio Táxi

Todavia, infelizmente, o dia 21 de outubro marcou a última apresentação de Bruno Mello conosco, ao menos em 2015. Terminado o seu trabalho em São Paulo com a empresa, Bruno voltaria a dar expediente no Rio de Janeiro e doravante, salvo um novo deslocamento, ou viagem de cunho pessoal, ele não teria motivo mais para estar em São Paulo. Perdemos o nosso crooner e todos ficamos chateados com a sua partida, mas foi algo inevitável.

Dali em diante, Bruno manteve a amizade pela via virtual e sempre posta comentários de apoio ás nossas apresentações, fora as brincadeiras etc. Terminou uma Era, mais uma para a Magnólia Blues Band e hoje posso afirmar que essa fase nos deu fôlego para firmar a ideia das apresentações acústicas, portanto, foi providencial o Bruno ter entrado para a banda dessa forma inesperada, pois graças à sua presença e influência, um repertório Pop com baladas até inusitadas, deu um rumo novo para a banda, a garantir a transição que fomos obrigados a fazer pelo fato de estarmos proibidos de usar a eletricidade de outrora.

E no meu caso, tocar Soft-Rock no meu estado de saúde claudicante, a apresentar-me a tocar sentado e sem nenhuma volúpia Rocker, veio a calhar com esse repertório de FM ao cair da noite.
Continua...