quarta-feira, 19 de julho de 2017

Autobiografia na Música - Kim Kehl & Os Kurandeiros - Capítulo 52 - Por Luiz Domingues

A predisposição da banda já estava voltada para a gravação do EP, o primeiro disco de fato, com a minha participação na formação e claro que estávamos todos animados com tal perspectiva e eu em particular pela minha expectativa pessoal em ter um registro de minha estada nesse trabalho e a somar mais uma realização no cômputo da carreira inteira.

Todavia, concomitantemente, a agenda da banda estava a apontar atividades e isso também foi um fator de alegria. No início de junho, eu ainda tinha certos incômodos decorrentes de minha terceira cirurgia, mas estava em condições de levar uma vida quase normal, só a estar mesmo proibido de fazer esforços físicos mais pesados, mas tudo bem, apesar de gostar do trabalho braçal, não faria a loucura de ser carrier de um enorme backline e/ou PA e assim, ao contar com "With Little Help From My Friends" e inclusive a estar sob a vigilância dos colegas que sabiam que eu gostava de ser útil ao máximo em tais tarefas, mas simplesmente não podia, eles já prometiam não deixar-me exagerar nos meu arroubos...
Pois muito bem, pelo menos a estar em condições de fazer as apresentações em pé e a poder até estabelecer uma mise-en-scène mínima que fosse, já dei-me por satisfeito e como já falei anteriormente, depois do que passei, passei a valorizar cada segundo a mais que tenho tido e poder estar em um palco a fazer um show de Rock, já foi um verdadeiro bônus para a minha existência.
Palco d'Os Kurandeiros montado no Santa Sede Rock Bar, noite de 3 de junho de 2016. Foto: Lara Pap

Nesses termos, antes mesmo de começarmos a gravar o novo álbum d'Os Kurandeiros, voltamos à simpática casa noturna, "Santa Sede Rock Bar, um reduto Rocker e hippie, raro nos então dias atuais, encravado no bairro do Tucuruvi, na zona norte de São Paulo. 
 
Foi o dia 6 de junho de 2016, e o trio primordial atuou como de costume, após o último show ter sido com a dita "Full Band", ou seja, a contar com três membros sazonais, mas considerados fixos, em show realizado na Feira da Pompeia, conforme eu já relatei anteriormente. E assim foi uma noitada boa, como geralmente ocorre no estabelecimento onde tantas vezes já havíamos apresentado-nos anteriormente.
Da esquerda para a direita: Kim Kehl; Carlinhos Machado na bateria e eu, Luiz Domingues, no Santa Sede Rock Bar em 3 de junho de 2016. Foto: Lara Pap

Após essa apresentação, a próxima jornada da banda ocorreu em outra casa onde já havíamos tocado bastante, antes, igualmente. Tratou-se da "Casa Amarela", da cidade de Osasco-SP e as nossas experiências pregressas ali sempre foram boas, portanto, fomos animados para para uma noitada de Blues, Baladas e Rock'n' Roll.
O Power Trio base dos Kurandeiros em ação na "Casa Amarela", de Osasco-SP, em 21 de julho de 2016.  Foto: Lara Pap

Sob um frio intenso, a noitada foi ótima e nessa altura dos acontecimentos, já tocávamos as três músicas novas que fariam parte do EP que começaríamos a gravar em questão de poucos dias. Portanto, nada melhor que uma noite fria de inverno para tocar a balada ultra "seventies": "Faz Frio"...
Dois dias depois e voltamos ao Santa Sede Rock Bar, onde a noitada foi igualmente animada. Sob clima de gravação do disco, fizemos a apresentação com muita volúpia Rocker, e valeu como um último apronto para entrarmos em estúdio a seguir.
Kim Kehl em rara foto a usar uma guitarra Fender Stratocaster branca, e Luiz Domingues a atuar com um baixo modelo Precision, igualmente branco, não foi proposital, mas combinou! Os Kurandeiros no Santa Sede Rock Bar, em 23 de julho de 2016. Foto: Rogério Utrila

Passado esse show no Santa Sede Rock Bar, finalmente chegara a hora, estávamos agendados para usar as dependências do estúdio Curumim, de São Paulo...

Continua...

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