terça-feira, 1 de dezembro de 2020

Autobiografia na Música - Boca do Céu - Capítulo 66 - Por Luiz Domingues

A pandemia de 2020 não deu trégua, ao nos atrapalhar de uma maneira contumaz, no entanto, o que seriam alguns dias, semanas e quiçá, meses, para quem simplesmente nem cogitava mais reunir a formação clássica de uma banda que atuara há quarenta e quatro anos atrás? 

Pois é, com esse sentimento mais grandiloquente, conseguimos coibir a ansiedade por nos encontrarmos, para resgatar o material antigo da banda, o sonho que acalentamos quando nos reunimos no começo de 2020 para uma confraternização tão festiva e que gerou tal meta mais ambiciosa. 

Tentamos prosseguir com ensaios virtuais, mas esbarramos em dificuldades técnicas para que eles fossem produtivos, uma grande pena. Então, só nos restou ter paciência para que a situação sanitária periclitante fosse superada na sociedade em geral, para que pudéssemos nos reagrupar e formalizar assim uma série de ensaios de composição e arranjo das velhas canções e certamente pensar em novas peças que Wilton e Osvaldo anunciavam ter em mãos. 

Nesta foto acima, vê-se o recorte primordial para o recorte das almofadas confeccionadas por Ana Fuccia através de sua empresa, Ecoarte/Almophodas (esse é o nome, não errei a grafia).

Enquanto isso, por volta de agosto de 2020, uma ação de marketing saiu do projeto e se materializou através de uma parceria com a artesã e artista plástica, Amanda Fuccia, quando ela confeccionou uma capa de almofada a conter em seu verso, a foto clássica do Boca do Céu com o quinteto reunido no corredor lateral da minha então residência, em março ou abril de 1977 (foto que acreditamos ter sido clicada por Adelaide Giantomaso). 

Devidamente montada, eis a versão da almofada do Boca do Céu, com as fotos de 1977 (preto e branco) e 2020 (colorida)

E na sua parte posterior, a almofada foi montada com a foto da banda reunida, na mesma configuração, em 2020, quando da festiva reunião/ensaio promovida em fevereiro de 2020, com foto de Marcos Kishi.

Acima, alguns exemplos das camisetas que o Osvaldo Vicino preparou para o Boca do Céu e chama a atenção a bela concepção de design do logotipo que ele criou, o ótimo contraste obtido, principalmente no modelo de cor azul marinho e a inserção de uma frase de efeito a afirmar: "Grupo de Rock- Desde 1976". A denominação "grupo" estivera muito em voga nos anos setenta, em detrimento do termo, "banda", ter se tornado mais popular para designar um conjunto musical orientado pelo Rock. Daí, ser mesmo proposital para homenagear a nossa origem setentista.

Em setembro, Osvaldo Vicino levou adiante o seu esforço empreendido em torno da criação de um logotipo para a banda e assim, ele anunciou a confecção de camisetas, para incrementar ainda mais as ações de marketing, ou seja, estivemos impedidos de avançar no trabalho de resgate das canções por conta do isolamento motivado pela pandemia da Covid-19, no entanto, geramos mais ações de marketing em 2020, do que jamais chegamos perto nos anos setenta quando da origem e atuação do grupo, por conta da nossa inexperiência para saber lidar com tais trâmites e falta de recursos para investirmos naquela ocasião.

Continua... 

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