terça-feira, 29 de agosto de 2017

Autobiografia na Música - Kim Kehl & Os Kurandeiros - Capítulo 57 - Por Luiz Domingues

Após a excelente participação na festa de aniversário da webradio, Stay Rock Brazil, voltamos no mesmo palco, o do Santa Sede Rock Bar, mas desta feita para um show regular d'Os Kurandeiros.
Tratamos tal ocasião como um show de lançamento do EP Seja Feliz, recém lançado naquela ocasião

Os Kurandeiros em ação no Santa Sede Rock Bar, em 5 de novembro de 2016. Fotos de Jani Santana Morales

Fizemos um show animado e devo registrar que foi a primeira vez que usei um baixo Rickenbacker em uma apresentação d'Os Kurandeiros e a justificativa é bem lógica, pois a rigor sempre achei que os modelos tradicionais da Fender, Precision e Jazz Bass, são mais adequados às necessidades d'Os Kurandeiros, pela obviedade de ter seu estilo fortemente calcado no Blues-Rock tradicional. 

No entanto, eu fiquei surpreendido como o tradicional som agressivo inspirado no médio-agudo que esse instrumento proporciona naturalmente, e este caiu muito bem na sonoridade da banda, portanto a abrir caminho para ser usado em outras apresentações no futuro.

Kim Kehl & Carlinhos Machado em destaque! Os Kurandeiros em ação no Santa Sede Rock Bar, em 5 de novembro de 2016. Fotos de Jani Santana Morales

Convidados pela direção da casa a fazer mais uma data próxima, eis que no mês seguinte voltamos ao Santa Sede Rock Bar.

Digno de nota, o nosso amigo, Walter Possibom, que é um grande guitarrista e agitador cultural super entusiasmado e ativo, visitou-nos nesse show e nessa ocasião, ele estava a colher os frutos do recém lançamento de seu romance: "Um Brilho nas Sombras", uma ficção muito bem escrita e a se tratar de uma "Rock Story", de fato, com personagens construídos em torno da ambientação Rocker setentista e recheado de referências muito bem colocadas, sobre tal universo. 

Não foi no entanto, o seu primeiro livro publicado, pois ao ser um médico legista proeminente e muito respeitado no seu meio, Possibom já havia lançado muitos livros acadêmicos sobre a sua especialidade médica, mas agora comemorava enfim o seu debut como escritor ficcional, que além da música é outra de suas paixões pessoais. 

Tive o prazer de comparecer à sua tarde de autógrafos e após leitura prazerosa de sua obra, escrevi uma resenha no meu Blog 1. Eis abaixo o link para ler minha impressão sobre o livro:

http://luiz-domingues.blogspot.com.br/search?q=Um+Brilho+nas+Sombras 

Da esquerda para a direita: Carlinhos Machado, Kim Kehl & Luiz Domingues. Os Kurandeiros posando no pós show, no Santa Sede Rock Bar, dia 9 de dezembro de 2016. Foto: Pat Freire

Nesse encontro no Santa Sede Rock Bar, nós conversamos bastante sobre o seu romance e onde ele deu-me muitas dicas valiosas sobre o mercado editorial e prontificou-se a auxiliar-me em relação aos preparativos do meu livro, na versão impressa, e que vem a ser a minha longa Autobiografia na Música, cujo este adendo aqui fica fora nessa primeira edição, mas que entrará certamente no texto do livro adicional que virá e o futuro dirá quando o lançarei. 

O importante é que estou vivo e bem, como dizia o grande Johnny Winter, e pelo fato de estar a escrever novos capítulos com atualizações, já comemoro e isso pode estender-se aos Kurandeiros, que estão na ativa, sempre a trabalhar, sem perder tempo com reclamações de rede social, tampouco a fazer pose de "Rock Star", ao evitar colocar o pé na estrada ou como a "Maria Maluca", o pé na jaca...

"7 Anos" ao vivo no Santa Sede Rock Bar, em 5 de novembro de 2016

Eis o Link para assistir no YouTube:
https://www.youtube.com/watch?v=Rg1lcXNsrrc
"Sou Duro" ao vivo no Santa Sede Rock Bar, em 5 de novembro de 2016.

Eis o Link para assistir no YouTube:
https://www.youtube.com/watch?v=sk0SOZgZFPo

Trecho final de "O Filho do Vodu", ao vivo no Santa Sede Rock Bar, em 5 de novembro de 2016

Eis o Link para assistir no YouTube:
https://www.youtube.com/watch?v=Hr4ijDTYc0M 

Após o encerramento das atividades da Magnólia Blues Band em abril de 2016, e cuja banda base foram os próprios Kurandeiros, ficamos bastante tempo sem apresentações na casa de espetáculos, "Magnólia Villa Bar". 

E basta olhar os capítulos iniciais da minha história com Os Kurandeiros e mesmo independente da história da Magnólia Blues Band, cuja história tem sua identidade própria, para o leitor recordar-se que Os Kurandeiros tinham uma tradição nesse estabelecimento. 

Portanto, foi com alegria que o revisitamos na noite de 16 de dezembro de 2016, sob certas precauções acústicas, visto que a casa ainda sofria com fiscais e um vizinho beligerante que não lhe dava trégua.

Os Kurandeiros de volta ao Magnólia Villa Bar, em 16 de dezembro de 2016. Fotos de Jani Santana Morales

E assim, fizemos uma apresentação animada, contentes em rever os amigos da casa e ao ter o prazer da participação do tecladista, Alexandre Rioli, o proprietário da casa, em algumas canções, a reviver também o quarteto da Magnólia Blues Band.
Os Kurandeiros em ação no Magnólia Villa Bar em 16 de dezembro de 2016. Clicks de Jani Santana Morales

Já no dia seguinte, tivemos um curioso show realizado dentro de uma feira artesanal ao ar livre, localizada em uma aprazível praça pública no bairro do Brooklin, na zona sul de São Paulo. 

Fora um convite do guitarrista Geraldo Guimarães, o popular Gegê, integrante da boa banda, "Pompeia 72", especializada em releituras de clássicos do Rock setentista. Deveria ter sido um show compartilhado entre as duas bandas, mas um problema súbito de saúde com um dos componentes do "Pompeia 72" resultou no cancelamento da participação da banda e dessa forma, Gegê foi convidado pelo Kim a participar conosco e foi um prazer ter sua guitarra entre nós, certamente. 

Foi uma apresentação que começou dispersa, o que foi normal dentro de uma feira ao ar livre e com as pessoas a tender a não prestar atenção e encarar a nossa participação como mero lounge, mas aos poucos ocorreu o contrário, ao conquistarmos a audiência e chegou-se em um ponto onde ficou até bem animado, com muitas pessoas a dançarem e aplaudirem. 

Claro, ao se tratar de show ao ar livre, alguns mendigos apareceram, mas nada significativo, muito menos ameaçador e o que predominou ali foi um ambiente bem familiar, com uma tarde ensolarada, com a presença de muitas famílias com crianças, idosos e até bebês.

Uma foto clicada momentos antes da apresentação iniciar-se, com o técnico de som à direita, a usar camiseta azul e Kim Kehl a esquerda, a caminhar entre o backline da banda. Evento "Brooklin Trend", no bairro do Brooklin, zona sul de São Paulo, em 17 de dezembro de 2016. Foto: Lara Pap
Um curto vídeo a mostrar Os Kurandeiros a tocar um trecho da música, "Black Sabbath", da banda homônima, com a participação do guitarrista Geraldo "Gegê Guimarães como convidado especial da banda. Brooklin Trend, 17 de dezembro de 2016. 

Eis o Link para assistir no YouTube:
https://www.youtube.com/watch?v=eCfuAwx9t3I

Outro trecho da participação dos Kurandeiros no evento ao ar livre, "Brooklin Trend", em 17 de dezembro de 2016.

Eis o Link para assistir no YouTube:
https://www.youtube.com/watch?v=m5_ak-_CFkE

Então foi isso, uma boa apresentação ao ar livre no evento "Brooklin Trend", na Praça General Gentil Galvão, no bairro do Brooklin, zona sul de São Paulo, na tarde ensolarada de 17 de dezembro de 2016, com cerca de cem pessoas a assistirem em momento de pico de atenção, mas certamente com mais gente a passear pela feira ao longo da tarde/noite. 

No dia seguinte, tivemos o compromisso no Fofinho Rock Bar, para levarmos adiante a ideia do evento permanente, "Sunday Rock". Desta feita, a banda convidada foi o "Mr. Huddy", com o seu som pesado, calcado no Hard-Rock oitentista, mas certamente tendo elementos setentistas agradáveis, ainda que sutis, nas suas canções autorais. 

Foi bem interessante o show dos rapazes e claro, a sofrer com as dificuldades inerentes ali instauradas, com uma espécie de "fogo amigo" em ação, por conta dos dois PA's dentro da casa, ensurdecedores e ininterruptos a concorrer com nossa apresentação e da banda convidada.

Dois flagrantes d'Os Kurandeiros no Fofinho Rock Bar, em 18 de dezembro de 2016. A banda em ação e abaixo, Carlinhos Machado na companhia de um grande amigo d'Os Kurandeiros, o professor Cesar Benatti, que veio a ser o diagramador e responsável pelo Lay out do meu livro impresso, "Quatro Décadas de Rock", pelo menos essa foi a sua intenção inicial naquele tempo. Fotos: Lara Pap

Sofremos os mesmos problemas gerenciais e já relatados, em relação à primeira edição do projeto, e claro que reivindicamos melhorias. 

A casa prontificou-se a estudar melhorias, mas já a nos alertar que abrir mão do som mecânico ininterrupto ao promover pausas estratégicas intercaladas com nossas apresentações, seria muito difícil de ser posta em prática, visto que o seu público habitue estava acostumado com tal dinâmica há anos etc. 

Difícil pensar em prosseguir, com uma concorrência dupla dentro da própria casa, mas mesmo assim, resolvemos dar um voto de confiança ao pensar que ao menos atenuariam o volume dos dois PA's concorrentes, o que seria um alento, caso concretizado. E o fato de que mesmo diante de tanta insalubridade, o recado dado pela banda no palco era ofertado a quem dignava-se a nos assistir e na pior das hipóteses, isso fazia valer a pena o nosso esforço, sem dúvida.

Os Kurandeiros em fotos individuais no Fofinho Rock Bar, no dia 18 de dezembro de 2016. Clicks de Regina de Fátima Galassi

E assim encerramos o ano de 2016, com uma curiosa predisposição final que seguiu o padrão do começo do ano. Começamos no Templo Club com o "Sunday Blues" e encerramos o ano com projeto semelhante, o "Sunday Rock". desta feita na casa de espetáculos, Fofinho Rock Bar. 
Duck Strada, grande baterista e violonista/cantor e compositor Folk e Luiz Domingues. Fofinho Rock Bar, 18 de dezembro de 2016. Foto: Regina de Fátima Galassi
Não ficaram muito boas tais fotos, mas registram a confraternização pós show, no Fofinho Rock Bar, em 18 de dezembro de 2016. Na primeira, da esquerda para a primeira, Will Dissidente, que coincidentemente estava no local e é o idealizador do Blog "A Chave do Sol", Luiz Domingues, Kim Kehl e respectivamente, o cantor e o guitarrista da banda "Mr. Huddy", Rildo Pedroso e Nuno Oliveira. Fotos: Lara Pap

Mas o ano fora marcado positivamente mesmo foi pelo lançamento de um novo álbum e a contar com a formação da qual faço parte, para coroar a minha passagem pela banda e quero crer, sendo o primeiro de muitos outros trabalhos no futuro. Que viesse 2017, que fôssemos felizes!

Continua...

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