domingo, 18 de novembro de 2018

Autobiografia na Música - Kim Kehl & Os Kurandeiros - Capítulo 90 - Por Luiz Domingues

Ali, no calor dos bastidores do show que realizamos no evento em comemoração pelo Dia do Rock, sob produção da Secretaria Municipal de Cultura de Osasco-SP, em 18 de julho de 2018, foi que a produtora da nossa banda, Lara Pap, mostrou-nos os dois novos álbuns, ao vivo, que finalmente haviam chegado da fábrica. 

Esse projeto da parte do Kim Kehl, estava a ser preparado desde muitos meses antes, mas por circunstâncias alheia à sua vontade (e certamente de toda a banda), havia feito com que tivesse ocorrido uma postergação. Portanto, só ali início do segundo semestre de 2018, foi possível, concretizá-lo. 

O primeiro deles, por uma questão cronológica de sua gravação, tratou-se de uma apresentação d'Os Kurandeiros, ocorrida no Centro Cultural São Paulo, em 2009, portanto, nesse eu não participei, visto que só ingressei na banda, em agosto de 2011. 

Com um apanhado de canções oriundas dos discos iniciais e mais alguns singles posteriores, eis que trata-se de uma boa performance do grupo, sob tal formação.

O Kim o denominou como: "Piratão" (!), mas fica a dubiedade na capa, sobre o complemento, "Rock Ao Vivo", fazer ou não parte do seu título oficial. Em princípio, não, pois o Kim explicou-nos que quis usar tal adendo apenas como um mote publicitário. 

Mas a verdade é que sob letras garrafais, se tornara difícil para o consumidor/colecionador e/ou fã da banda, não ser levado a deduzir que o nome do disco fosse composto como: "Rock Ao Vivo Piratão". Porém, visto pelo prisma das estratégias da publicidade, a confusão pode ser considerada benéfica, acredito.

Sobre o álbum em si, trata-se de uma performance muito boa da banda, com aquela formação de 2009, a conter na formação: Kim Kehl (guitarra e voz), Nelson Ferraresso (teclados), Fabio Scattone (bateria), Rod Fillipovitch (guitarra) e Renato de Carvalho (baixo). 

O áudio foi capturado de uma maneira simples, mediante conexão em "L & R" direto da mesa do PA do Centro Cultural São Paulo, portanto, sob um padrão de gravação pirata, mas com ótima qualidade sonora, a gravação desse disco pode ser qualificada como um Bootleg de luxo. 

De fato, quando o Kim resolveu produzir esse álbum, conseguiu fazer uso dessa fita, de uma maneira que em termos de mixagem e masterização, foi possível imprimir uma substancial eliminação de ruídos, via "Noise Gate" e com uma boa compressão, eis que esse disco, mesmo por não ter sido gravado ao vivo, mediante a sofisticação do uso de uma Unidade Móvel de gravação para separar todos os instrumentos e a voz, devidamente, observa um padrão muito bom do áudio geral, com inteligibilidade na voz e uma percepção muito boa da performance e timbre de todos os instrumentos.

Sob produção de Kim Kehl, com apoio de Lara Pap e fotos assinadas pelo irmão do Kim, Juja Kehl, a capa traz uma foto da banda sob panorâmica do Centro Cultural São Paulo e na contracapa, a guitarra do Kim Kehl repousada sobre o amplificador, sob um enquadramento clássico. E o repertório apresentado é o seguinte: 

1) Sou Duro
2) A Galera Quer Rock
3) Pro Raul
4) Deixe Tudo
5) A Bomba
6) Vampiro
7) Os Brutos (Também Amam)
8) Meu Mundo Caiu
9) O Kurandeiro
10) Hey Mãe
11) Só Alegria
12) Maria Fumaça
13) Cocada Preta
14) Maria Gasolina
15) Maria Maluca

A seguir, falo sobre o outro lançamento, e desta feita, a conter muitas faixas que eu gravei e também ao vivo, mas não sobre um show somente, todavia, a tratar-se de uma compilação com muitas participações da banda a tocar ao vivo, em programas de rádio e TV.

Continua...

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