sábado, 26 de maio de 2012

Os Tenores da Reclusão: J.D. Salinger, Thomas Pynchon e Dalton Trevisan - Por Julio Revoredo

Na era da exposição, dos cinco minutos de fama, como disse Warhol, à tona , prefulgem os 3 tenores da reclusão, afórmicos na seclusão.

Eles nunca envelhecem, oclusam-se, distantes e próximos, mas sobretudo e contudo, escrevem. 
Dois, digressam sobre os perdedores e um, sobre os pobres diabos, com ou sem, irrisão.

Oclusos, solipsos, sobrepensam, tempostábeis.
Mas, tal aislamento, seja o acismo do sobreinteligível, a mediocreira. 
Como a terra que apaga o fogo, o vento que sopra os vestígios.

Em sua amaritude de insociáveis, queimam suas digitais e em sua faces, como foices, os sinais.
Talvez, nesses tenores, díscolos e arístipos, o refúgio tenha sido a ingremância, dos que sobrepensam e dos que são umbráticos.

Um, evolou-se em V contra o dia. 


O outro, como vampiro de Curitiba, numa casa com janelas fechadas.


O outro, nos campos de centeio, trocou o dia pela madrugada, sem nostalgia e todos no fundo, como Greta Garbo, quem diria ?!.




Julio Revoredo é colunista fixo do Blog Luiz Domingues 2. Poeta e letrista de diversas canções que compusemos em parceria, para o repertório de três bandas pelas quais eu atuei: A Chave do Sol, Sidharta e Patrulha do Espaço. Neste artigo, ele traça um paralelo entre três escritores da pesada: Salinger, Pynchon e Trevisan.

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