Então chegara a primeira
grande oportunidade dessa banda iniciante: o baterista, Fran Sérpico, faria aniversário no
início de fevereiro, e ao obter a aprovação dos seus pais, poderíamos apresentarmo-nos em sua festa. Uma celebração familiar para quem iria fazer a
primeira apresentação da vida, foi um acontecimento tão extraordinário
quanto uma noiva encara o seu dia do casamento.
Ficamos obviamente
eufóricos e intensificamos os ensaios para fazer a melhor apresentação
possível, mesmo sendo para uma plateia formada por pessoas na faixa da meia idade e / ou
idosos em sua predominância, e portanto longe do que sonhávamos atingir.
Então, foi no dia 12 de fevereiro de 1977 que o Boca do Céu apresentou-se pela primeira vez, no quintal da residência da família Sérpico, no bairro Campo Belo em São Paulo. Nosso camarim foi a lavanderia da casa. O precário equipamento foi constituído por um mixer de voz, da marca Phelpa e sendo dos anos sessenta; um amplificador de guitarra, Giannini BAG U65; um microfone National de gravador; uma guitarra Giannini "Supersonic"; bateria Gope (e sem a caixa !), e um baixo "handmade", imitação de Hofner.
Então, foi no dia 12 de fevereiro de 1977 que o Boca do Céu apresentou-se pela primeira vez, no quintal da residência da família Sérpico, no bairro Campo Belo em São Paulo. Nosso camarim foi a lavanderia da casa. O precário equipamento foi constituído por um mixer de voz, da marca Phelpa e sendo dos anos sessenta; um amplificador de guitarra, Giannini BAG U65; um microfone National de gravador; uma guitarra Giannini "Supersonic"; bateria Gope (e sem a caixa !), e um baixo "handmade", imitação de Hofner.
Nosso repertório nesse show-debut foi:
1) Mina de Escola (Osvaldo-Laert-Luiz)
2) Centro de loucos (Osvaldo-Laert)
3) Astrais Altíssimos (Laert)
4) No Mundo de Hoje ( Osvaldo-Laert- Luiz)
5) Ah se você soubesse ( Laert)
6) Me Chamo Vampiro (Osvaldo-Laert-Luiz)
7) Tudo Band ( Laert)
8) "Soon- The Gates of Delirium" (Yes)
Sobre essa interpretação livre de um trecho da música do Yes, nesse caso, que os Deuses do Rock tenham perdoado-nos por termos cometido a infâmia por promover esse assassinato com requintes de crueldade... pelo menos, tratou-se do trecho final dessa canção e assim poupou-nos a todos de um constrangimento maior.
1) Mina de Escola (Osvaldo-Laert-Luiz)
2) Centro de loucos (Osvaldo-Laert)
3) Astrais Altíssimos (Laert)
4) No Mundo de Hoje ( Osvaldo-Laert- Luiz)
5) Ah se você soubesse ( Laert)
6) Me Chamo Vampiro (Osvaldo-Laert-Luiz)
7) Tudo Band ( Laert)
8) "Soon- The Gates of Delirium" (Yes)
Sobre essa interpretação livre de um trecho da música do Yes, nesse caso, que os Deuses do Rock tenham perdoado-nos por termos cometido a infâmia por promover esse assassinato com requintes de crueldade... pelo menos, tratou-se do trecho final dessa canção e assim poupou-nos a todos de um constrangimento maior.
Lembro-me que estávamos todos bastante nervosos e erramos diversos
trechos de músicas, justamente por conta desse nervosismo, visto que havíamos
preparado-nos com afinco e estávamos ajustados convenientemente dentro de
nossas limitações evidentes à época. Mesmo assim, no cômputo geral, saímos
contentes e aliviados, como se tivéssemos submetido-nos à uma prova escolar. Apesar de toda a
precariedade técnica e da inexperiência da banda, recebemos os elogios
sinceros dos pais do Fran Sérpico, que disseram ter surpreendido-se com a
nossa performance, visto que ouviam há meses os ensaios, e notaram que
havíamos evoluído... bem, esse foi o primeiro show de Rock da minha vida...
Tirante uma exibição infantil que fiz na bandinha da escola em 1968, essa foi a minha primeira exibição pública que realizei a tocar, e guardo com carinho na memória, essa euforia juvenil que senti.
Foto de dezembro de 1968, a tocar triângulo e cantar, prosaicamente na bandinha da escola (Escolas Agrupadas da Vila Olímpia), no Teatro Paulo Eiró. Sou o terceiro, da direita para a esquerda, na fileira mais alta
Tirante uma exibição infantil que fiz na bandinha da escola em 1968, essa foi a minha primeira exibição pública que realizei a tocar, e guardo com carinho na memória, essa euforia juvenil que senti.
Foto de dezembro de 1968, a tocar triângulo e cantar, prosaicamente na bandinha da escola (Escolas Agrupadas da Vila Olímpia), no Teatro Paulo Eiró. Sou o terceiro, da direita para a esquerda, na fileira mais alta
Continua...
Caramba Luiz, você guardou o setlist... sua memória é fantástica.
ResponderExcluirObrigado, Jani !
ExcluirDe fato, tenho boa memória, mas não significa que seja perfeita...