Um Mar, o Mar - Por Julio Revoredo
O noctambulo ilhéu sem-luzios,vive sua distimia no entrelunho
Deambula em circulos labirinticos, feito espelhada borriscada.
Anfitrite como fatiloqua, surge do algaço como um marulhar
O sem-luzios sente-a como um undissono
Corta-mar
Manga-de-veludo
Marulha
Marulha
Marulha
Vê o marsopa
Ve o raino
Não mais só, o noctambulo sem-luzios,
cruza o tubado e o escarumba
Numa noite em que um mar, o mar, desvaneceu-se
Ímpar.
Julio Revoredo é colunista fixo do Blog Luiz Domingues 2. É poeta e letrista de diversas músicas que compusemos juntos em três bandas pelas quais eu atuei: A Chave do Sol, Sidharta e Patrulha do Espaço. É também um grande colecionador de filmes, cinéfilo que o é.
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