sexta-feira, 15 de junho de 2012

Pelos Parafusos, Ouço Vozes - Por Julio Revoredo

Esgueira-se através das hiperceleres reentrancias.

Obducto ser, pelos cegos voos, dupla solombra e reboos.

Desvidra o que o vidro

acende, na floresta hiperborial de alfazume.

Singra pelos contôrnos abscônditos do que descende.

Afla pelos ritos, do que distende,

Profusos parafusos, amanhecer tangerina.
Perdestes a perna e a mente,

Azul, azul, lisoforme, espelho diluído em rosa,

Rosa 7,7 

Rosa,7.

E tudo tão indistinguível,

Apalpaste o umbral,

Então flui, rui, ancora,

Esgueira-se através das hiperceleres reentrancias.


Julio Revoredo é poeta e letrista de diversas músicas em que compusemos juntos, em três bandas pelas quais eu atuei: A Chave do Sol, Sidharta e Patrulha do Espaço.
Já forneceu também suporte literário com textos, para a montagem de espetáculos musicais com elementos teatrais para A Chave do Sol, nos anos oitenta.

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