sábado, 21 de junho de 2014

Autobiografia na Música - A Chave do Sol - Capítulo 125 - Por Luiz Domingues


No cômputo geral, os dois shows foram muito bons, em todos os sentidos. Na parte musical, tudo fluiu bem. Estávamos muito bem ensaiados e também muito motivados, por ser o lançamento de nosso primeiro disco. A ideia em encenarmos um show performático, com intervenções teatralizadas e sob a aura do teatro nonsense, deu certo, pois surpreendemos o público.

Muita gente elogiou, pois ninguém de fato, esperava um show com tais elementos, sequer a imaginar que não seria um show de Rock tradicional, com a banda a tocar, pura e simplesmente. No máximo a conter um cenário ou algum efeito pirotécnico, mas jamais esperariam por tantas coisas "esquisitas"...

Lembro-me de algumas pessoas a elogiar essa iniciativa, tais como : Luiz Carlos Calanca, da Baratos Afins, dono da loja e da gravadora pela qual estávamos a lançar o disco; Valdir Montanari, jornalista das Revista Rock Stars e Rock Show, além do programa de Rádio, Sinergia; Antonio Carlos Monteiro, jornalista da Revista Roll, entre outros.

 

Os nossos colaboradores também apreciaram muito. Todos que participaram, divertiram-se na produção. Do poeta, Julio Revoredo, à Edgard Pucinelli Filho; ao passar por Celso "Esponja" Bressan; Daniel "Papel" Negrão; Claudio "Capetóide" Carvalho; Iran Bressan; Carlos Muniz Ventura; Seiji Ogawa; Hélio, e Sergio "Borracha" Carvalho.

Também firmamos amizade com o técnico de áudio, Can Robert, que nos operar-nos-ia futuramente, tanto no próprio Teatro Lira Paulistana, em outras ocasiões, como em shows em outros locais, inclusive fora de São Paulo. A cúpula diretiva do Lira Paulistana também apreciou muito, e as  portas abriram-se para mais apresentações futuras que ali faríamos. 

Tudo aconteceu nos dias 30 e 31 de julho de 1984. O público no dia 30, foi composto por oitenta e cinco pessoas, e no dia 31, cento e vinte pessoas (muito bom, ao considerar-se que os shows ocorreram na segunda e terça-feira, "dias mortos" para produzir espetáculos musicais, ainda mais, show de Rock autoral de um artista independente e habitante do patamar underground da música). Cida Ayres, que era produtora do Língua de Trapo, deu uma ajuda e tanto na produção, ao auxiliar-nos na divulgação, inclusive.


Continua.. 

2 comentários:

  1. boas memorias grande Luiz que participou dessa grande Banda A Chave Do Sol( não cheguei a assitir nenhum show de voces ) mas flando no Mestre da Baratos Afins o Luiz Calanca eu cheguei a comprar o vinil quando saiu ( não tenho mais hoje em dia ) mas redescobri voces na era do orkut uns 11 anos atras , parece que nao , mas ja é um bom tempo que venho seguindo suas pegadas desde quando participava no grupo do Uriah Heep.Abraços e ate mais Dear Friend.

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  2. Excelente saber que está acompanhando os meu relato !! De fato, a Chave do Sol tem uma longa história e estou curtindo muito relembrá-la aqui.

    Grande abraço, Oscar !

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