Essa rejeição do riff
nordestino, era fruto do radicalismo juvenil de Osvaldo e Fran. Não recrimino-os
de forma alguma, pois haviam muitos rockers que eram radicais nesse sentido,
durante os anos setenta. Era coisa de garotos que éramos em 1977, e no caso
deles, por terem seu espectro de gostos musicais mais fechados, do que os
demais. Eu era mais aberto, pois apreciava a MPB, via Caetano; Gil; Novos
Baianos, entre outros, e portanto, estava mais acostumado à essa sonoridade.
Mas
essa pequena crise logo dissipou-se, pois a música ficou muito boa. De certa
forma, é a mesma fórmula que o Pedra seguiria em 2010, quando lançou
"Queimada das Larvas nos Campos Sem Fim", onde existe uma parte “A”,
bem calcada na sonoridade nordestina, e uma “B”, contrastando, com nítida
pegada de Hard-Rock setentista. Além do mais, "Revirada" tornou-se
rapidamente no nosso carro chefe, muito importante em festivais que
participaríamos logo a seguir.
Sim, considerando que era uma banda criada com
músicos que estavam na verdade aprendendo a tocar, dá para louvar-se essa
característica de diversidade, que atingiu em apenas um ano.
Claro, haviam desníveis. No início, só o
Osvaldo sabia tocar um pouquinho e os demais eram estaca zero. Com a entrada do
Laert, deu-se um salto de qualidade, com ele trazendo composições muito
avançadas para o nosso nível baixíssimo de musicalidade. Isso fez-nos crescer,
evidentemente.
E com a entrada do Wilton Rentero, que
fazia aulas de violão clássico, o nível subiu ainda mais, puxando a banda para
a frente. A questão da diversidade foi mérito do Laert, que enxergava na
frente, sem dúvida.
Continua...
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