Muitos anos passaram para eu voltar a ter uma atividade paralela musical, fora de uma banda oficial. Então,
foi somente em dezembro de 1988, que fui participar de um trabalho paralelo, mas
nesse caso foi algo programado para ser um tributo a duas bandas do Rock internacional, e ocorreria sob uma apresentação
única. O que aconteceu, foi que o guitarrista, Hélcio Aguirra, do Golpe
de Estado, e o vocalista Beto Cruz, da Chave (sem "Sol", nessa fase), resolveram em comum acordo, prestar
um tributo à banda britânica UFO, e seu guitarrista mais famoso, o alemão, Michael
Schenker.
Para tanto, marcaram uma data no Black Jack Bar, e providenciaram uma fusão divertida de nossas respectivas bandas. Sendo assim, eu e Paulo Zinner fomos convidados, e assumimos baixo e bateria, para completar o time.
Ensaiamos alguns clássicos do repertório do UFO, e da carreira solo de Michael Schenker (MSG - Michael Schenker Group), para tocarmos no Black Jack Bar. Contei, aliás, uma curiosa história ocorrida durante esses ensaios, no capítulo "Sala de Aulas", por ter sido pertinente a tal capítulo em específico.
Tocamos no dia 22 de dezembro de 1988, no Black Jack Bar, que ficava na Av. Adolfo Pinheiro, no bairro do Alto da Boa Vista, na zona sul de São Paulo. Cerca
de trezentas e oitenta pessoas assistiram esse show / tributo, e de última hora o
guitarrista / tecladista, Fernando Costa (bem conhecido no meio Rocker de SP, com o apelido : "The Crow"), apareceu, e tocou
teclados, a enriquecer a apresentação.
Eu gosto do UFO, em linhas gerais, embora não seja nem de longe uma banda dentro do rol de minha prediletas, e acho a
carreira solo do Michael Schenker, com seu "MSG", interessante, apesar de apresentar um peso extra, bem ao sabor dos primórdios do movimento "NWOBHM" (New Wave of British Heavy Metal), fator que naturalmente eu rejeite. Porém foi divertido tocar, principalmente com
tantos amigos envolvidos, e mesmo não sendo eu, um especialista nesse quesito, como o
Hélcio e o Beto, que adoravam UFO e Michael Schenker Group, apreciei tocar esses sons. E claro, a casa abarrotou com fãs dessas duas bandas, que deliraram com as músicas deles, que tocamos. Lembro-me
do Hélcio Aguirra ter usado uma guitarra, Gibson Flying V, modelo mais usado
pelo Michael Schenker, em sua carreira, a tornar o tributo, muito fidedigno nesse sentido.
Continua...
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