Após essa pausa do Terra no Asfalto, as atividades ficaram paradas.
Eu estava a realizar vários trabalhos (já relatei alguns desse período, no capítulo dos "Trabalhos Avulsos"), e a tocar no preâmbulo do Língua de Trapo, onde as atividades pareciam estar a melhorar. Então, meu contato com o Terra no Asfalto resumira-se a ver o Paulo Eugênio; Gereba, e Wilson, os últimos membros que sobraram dos escombros da banda, esporadicamente, e com o Paulo a tentar articular uma volta. O Luis Bola desinteressara-se de vez, ao verificar que as perspectivas estavam bem devagar, e eu estava ocupado com outras atividades, em outros trabalhos.
Eu estava a realizar vários trabalhos (já relatei alguns desse período, no capítulo dos "Trabalhos Avulsos"), e a tocar no preâmbulo do Língua de Trapo, onde as atividades pareciam estar a melhorar. Então, meu contato com o Terra no Asfalto resumira-se a ver o Paulo Eugênio; Gereba, e Wilson, os últimos membros que sobraram dos escombros da banda, esporadicamente, e com o Paulo a tentar articular uma volta. O Luis Bola desinteressara-se de vez, ao verificar que as perspectivas estavam bem devagar, e eu estava ocupado com outras atividades, em outros trabalhos.
Então, lembro-me apenas de irmos
juntos ver a peça teatral Calabar, no Teatro São Pedro, além de termos ido assistir o filme
"The Rose", no cinema (e como não sair da sala de cinema com vontade em estar
dentro de uma banda de Rock à moda antiga ?). Além disso, o Paulo Eugênio levou-me certa vez na
residência de um professor de canto, onde ele estava a participar de suas aulas. O
professor já era idoso naquela época, e sinceramente não lembro-me de seu
nome. Recordo-me apenas que falava com forte sotaque estrangeiro, e não identificado facilmente a denotar que provavelmente seria oriundo de algum país do leste europeu. O que marcou, foi
que tratava-se um senhor idoso muito irreverente, pois seus métodos não mostravam-se nada
ortodoxos...
Entre outras coisas, fazia seus alunos deitar-se em uma cova
de terra que tinha no fundo do quintal de sua casa, e com o objetivo em jogar terra com
a pá sobre eles, praticamente a soterrá-los. Só com a cabeça e os braços de fora e
totalmente cobertos pela areia, tinham que repetir os exercícios vocais
por ele propostos, e de fato, o esforço para cantar mostrava-se tremendo, com o
peito enterrado, a dificultar a respiração, mediante o diafragma comprimido. Uma
vez, o professor perguntou-me, ao fulminar-me : "Por quê o contrabaixo" ? Fiquei com
vergonha em dizer-lhe que o baixo fora meramente casual na minha vida, e respondi-lhe vagamente que gostava das notas graves... meia verdade, pois gosto das
médias e agudas também. Lembro-me também que esse senhor morava em uma casa, localizada na Rua Cônego Eugênio Leite, no bairro de Pinheiros, zona oeste de São Paulo.
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