Num mundo de constantes e cada vez mais rápidas transformações,
insistimos na permanência, posse...
Que permanência ?!...
Aquela que propicia segurança: hábitos, pessoas, endereços que são crenças ou raízes, conhecimentos que dominamos,
a casa que nos pertence !
Pertencemos ao planeta, à cultura, à família de origem
da qual herdamos o DNA, estigmas e karmas,
habilidades que nos fertilizam.
Tudo isso são posses que costumamos confundir ou afirmar
e que definem quem somos.
Somos essa quantidade de ideias, memórias, sensações e sentimentos
‘abrigados’ nessa forma física, que nos comporta, abarca, e é detentora dessa personalidade pela qual nos fazemos conhecer,
vestindo caras e trejeitos, olhares e andares,
escolhendo como nos preservar... entendendo "preservar" desde aquele frescor da juventude (e haja cuidado, creme, artifícios, exercícios, espelhos e reflexos) até a manutenção das mais arraigadas conjecturas que nos (auto)denominam.
Dentro dessa casa própria, negociada, adquirida e usada
por longo tempo que, às vezes, achamos ou queremos seja eterna,
carregamos toda nossa trajetória.
Cada músculo contém todas as alegrias e tristezas que nos ‘pertencem’.
São nosso curriculum!
Cada gota que percorre essa casa, leva consigo a aridez ou plenitude que conheceu, num equilíbrio/desequilíbrio que lhe é próprio, inerente, intransferível, marca de toda sua beleza e dor, no contexto que é seu palco de existência.
Ainda, ou mesmo assim, preferimos dizer que moramos
naquela cidade/bairro/casa.
Defendemos aquele país, brigamos por aquela religião, partido, profissão ou time, protegendo nosso território...
E, sim, tudo isso também somos !
Mas, em primeira e última instância,
SÓ ou TUDO que somos ‘MORA’ unicamente nessa arena,
formada por elementos da natureza, conjunto e combinação de células e
vazios, em meio a uma quantidade enorme de água...
Essa é a casa, a morada que habitamos, nessa existência com CIC e RG.
E que seja, como diz o poeta, "eterna enquanto dure",
festejada, infinita e sacralizada a cada oportunidade de habitá-la.
JAYA!!!
Telma Jábali Barretto é colunista fixa do Blog
Luiz Domingues 2.
Engenheira civil, é também uma experiente
astróloga, consultora para harmonização de
ambientes e instrutora de Suddha Raja Yoga.
Nesta matéria, falou sobre a questão da morada,
que ganha interpretações as mais diversas, mas no fundo, o sentido
é muito mais específico do que imaginamos.
Olá Telma,
ResponderExcluirLinda reflexão, ilustração exemplar, que me provoca questionamento:
Quanta segurança precisamos, se estivermos repleto de FÉ????
Porque se estamos escolhendo como nos preservar, com todo esse arsenal que trazemos, não estamos tão seguros nesse "ABRIGO".
PARABÉNS, GOSTO MUITO DOS SEUS ARTIGOS, ABS,
MARI
Mari, se estiver repleto de fé, estará sempre segura! Mas, não podemos esquecer da escada de Jacó ou Brahmasamypia (eterna aproximação do Absoluto, Deus), a escada não acaba...estamos sempre em processo e, a cada degrau que dominamos, novo nível de segurança que ali correponde...tanto da fé, quanto das mais sutis maneiras de preservar! Mudamos a nossa relação com 'abrigo' sempre, passo a passo, e,começaremos a sentir 'parte' de um corpo maior, cósmico, e outros níveis de segurança são contruidos!
ExcluirObrigada por ter lido, pelo seu oportuno e sábio questionamento e, abraço aí!!!
O Blog agradece a sua visita, Mari e os elogios ao texto da colunista Telma. Volte sempre, recomende, compartilhe...
ExcluirObrigado !
Oi, Telma, mais uma vez obrigada por um novo texto que nos leva a refletir.
ResponderExcluirSurpreendendo-nos com verdades com tons de poesia. Na mas tê.
Gostei muito de sua observação, Gema. De fato, a colunista Telma, expressa-se poéticamente, mas indo fundo na busca da verdade.
ExcluirO Blog agradece a sua visita e comentário !
Obrigada aos dois pelo atencioso comentário. Ambos sempre me estimulando... Minha maior GRATIDÃO!Na mas tê !!!
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