De fato, foram minhas primeiras performances mais contundentes com o José Luiz Dinola, que dois anos depois, tornar-se-ia meu colega de Chave do Sol. Achava-o bem técnico já naquela época, mas fora esses ensaios de 1980, pouco conversamos a seguir. Tanto que, quando esse projeto não andou mais, eu só fui falar com ele, novamente em julho de 1982, quando o convidei para tocar com A Chave do Sol.
Para o leitor ter ciência, preferi chamar o Edmundo, para trabalhar com A Chave do Sol, antes, sem nunca tê-lo visto tocar, e tecnicamente ele era muito inferior ao Zé Luiz. Tudo porque eu era muito mais amigo do Edmundo nessa época, pois ele gravitara na órbita do Terra no Asfalto (como conheci o baterista Edmundo, já está contado no capítulo sobre o Terra no Asfalto). Pena que esse projeto de banda, nem nome conseguiu ter, pois as ideias do Pitico Freitas eram boas, e ele tocava uma guitarra cheia de swing, meio no estilo do guitarrista norteamericano, Tommy Bolin.
A impressão inicial que tive do Zé Luiz Dinola, foi muito boa pela técnica, mas pelas conversas que tivemos, achei que tínhamos pouca afinidade, pois ele só apreciava a escola do Jazz-Rock, praticamente, e eu tinha um leque de preferências muito mais amplo. Já o Edmundo, era um sujeito com o qual a minha identificação era muito maior, haja vista a vasta coleção de discos dele, que batia muito com o meu gosto musical. Era baseada no melhor do Rock 1960 / 1970, sob inúmeras tendências.
Depois que conheci o Zé Luiz Dinola, melhor (quando entrou definitivo na Chave do Sol), ficamos muito amigos, embora na parte musical ele ainda fosse fechado na questão do Jazz-Rock.
Pois é... o Dinola tinha essa característica muito forte naquela época, e mesmo com a Chave a prosperar muitos nos anos vindouros, foi duro lidar com essa visão fechada dele. No tempo do Sidharta (entre 1997 e 1999 e cuja história tem capítulo em específico, naturalmente), ele estava bem mais aberto, mas mesmo assim, culminou em deixar o projeto, por divergência musical.
Foi assim então, a super efêmera carreira desse trio, supostamente voltado ao Jazz-Rock instrumental.
Continua...
Neste meu segundo Blog, convido amigos para escrever; publico material alternativo de minha autoria, e não publicado em meu Blog 1, além de estar a publicar sob um formato em micro capítulos, o texto de minha autobiografia na música, inclusive com atualizações que não constam no livro oficial. E também anuncio as minhas atividades musicais mais recentes.
domingo, 7 de abril de 2013
Autobiografia na Música - Trabalhos Avulsos (Trio com Pitico Freitas e José Luiz Dinola) - Capítulo 33 - Por Luiz Domingues
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