quarta-feira, 20 de agosto de 2014

Murray The K. Show - Por Julio Revoredo

No ano aleph de 1967

Nova York

Teatro RKO

Das 10.15 da manhã até após as 24 horas
A partir de 25/3/67 (áries), eclodiu, sob a égide aquariana de Murray Kaufman (14/2/22 -21/2/82), o excêntrico¨"Murray the K Show" !

Eram 5 shows por dia

Maratona de vários grupos americanos, tais como : "Mitch Ryde and the Detroit Wheels", "The Blues Project", "The Blues Magoos", "The Young Rascals", "Smokey Robinson and The Miracles", "Wilson Pickett", entre outros.
A novidade, foi a inclusão de duas bandas inglesas, "Cream" e "The Who", com principal destaque para o "Cream", devido à sua estranheza em relação ao previsível e popular som do "The Who".

Aliás, não só em relação ao "The Who", como em relação a todas as bandas que ali tocaram.
No "Murray The K Show", cada grupo tocava de duas a três músicas. No caso do "Cream", que ali se apresentou do dia 25/3/67 a 3/4/67, fazendo um total de 10 apresentações, eles sempre tocavam alternadamente de duas a três musicas, sendo que "I Feel Free" e "I'm So Glad", foram as mais tocadas, seguidas de versões curtas de "Spoonful", "NSU" e "Sweet Wine".

Nesse período o "Cream" tocava com a aparelhagem do "The Who", fato que gerou criticas de Jack Bruce em relação à qualidade da mesma.
Outra curiosidade, foi quando tocaram pela primeira vez "I Feel Free",  pois esta música começava com um vocal "a capella" e palmas, fato que irritou o público presente, mas com a entrada da potente guitarra de Eric Clapton, tudo se reverteu.
O fato é que Murray Kaufman, influente disc jockey e empresário no setor do Rock'n Roll, marcou época, e foi considerado ate o "5º Beatle", devido ao apoio que deu à banda inglesa, quando a mesma apresentou-se pela 1ª vez nos EUA.


Julio Revoredo é colunista fixo do Blog Luiz Domingues 2. Poeta e letrista de diversas músicas que compusemos em parceria, em três bandas pelas quais eu atuei: A Chave do Sol, Sidharta e Patrulha do Espaço.

Nesta mini crônica, o poeta nos contou uma interessante passagem da história do Rock dos anos sessenta, quando as bandas britânicas costumavam atravessar o oceano para dar aulas aos norte-americanos, os inventores do estilo.

Faço a ressalva, como editor do Blog, que algumas opiniões não expressam a opinião oficial deste veículo, mas sim do colunista, que tem liberdade total para expressar-se. Por exemplo, gosto muito e considero o "The Who", uma banda seminal na história do Rock, opinião divergente do Julio, que não a enxerga com essa importância toda.

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