domingo, 2 de fevereiro de 2014

Homem Até Certo Ponto - Por Julio Revoredo

Enublas o fogo do olhar ímpar

Sob o signo do cicio do vento

Num dia remoto e chuvento
De pesadelos em pesadelos, noite adentro.

Homem passado e sem sombra, sotavento.

Estica o vórtice no extremo ermo, verte-se.

Tem os olhos tatuados em seu desenredo, desdobra e triplica a paisagem do amanhecer em gotas.
Para os outros, dissipa-se em azul, Polifemo.

Vai de um extremo ao outro, como um xeno, cega a lógica roxa, adumbra, incorpóreo.
O caos marrom, traz num trasgo o mar, o mar que esta no céu, e o sol na terra.

Solipso, deambula a procura de safira, mulher violão, morena dos olhos de prata, e o corpo azul do mar.

Enfim, voa depois que enubla o fogo do ímpar evar.

Julio Revoredo é colunista fixo do Blog Luiz Domingues 2. Poeta e letrista de diversas músicas que compusemos em parceria, em três bandas pelas quais eu atuei: A Chave do Sol, Sidharta e Patrulha do Espaço.
Em mais um poema rico em imagens fantásticas, nos mostra a limitação do homem diante da natureza.

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