Neste meu segundo Blog, convido amigos para escrever; publico material alternativo de minha autoria, e não publicado em meu Blog 1, além de estar a publicar sob um formato em micro capítulos, o texto de minha autobiografia na música, inclusive com atualizações que não constam no livro oficial. E também anuncio as minhas atividades musicais mais recentes.
domingo, 6 de janeiro de 2013
Autobiografia na Música - Terra no Asfalto - Capítulo 12 - Por Luiz Domingues
Animados com esse show ocorrido no Le Café, que fizemos três dias depois, realizamos uma nova apresentação no Bar Opção. No Le Café, atraímos oitenta pessoas, e dessa vez no Opção, setenta
pagantes. Sem dúvida que ao tratar-se do universo de
bares, era algo expressivo esse número de pessoas.
E mais uma vez no Opção, no dia 3 de fevereiro de 1980,
com noventa e cinco pessoas presentes, a demonstrar claramente que estávamos a crescer.
No dia seguinte, fizemos um teste em uma casa sofisticada
no bairro dos Jardins, zona sul de São Paulo, chamada : "O Ponto".Era na verdade um clube privé, uma verdadeira alcova,onde homens casados levavam suas amantes para iniciar a noitada, após o expediente de seus escritórios.
Foi uma apresentação bizarra em seu início, pois a casa
estava completamente vazia, e o gerente ordenou que
começássemos, assim mesmo. O Paulo Eugênio ainda insistiu para que esperássemos entrar algumas poucas pessoas que fosse, mas o gerente foi grosso conosco, e mais uma vez ordenou que iniciássemos.
Muito bem, a apresentação foi em clima de ensaio durante toda a primeira entrada, e só após o intervalo, eis que algumas pessoas acomodaram-se nas mesas em frente ao palco.Na saída, ao carregarmos o equipamento para fora, foi que notamos que a casa estava cheia em outros ambientes, digamos mais reservados...
Esse contato fora do Fernando "Mu", que o tinha desde o início, mas chegou a comentar com o Paulo Eugênio, que primeiro queria ter confiança na banda, para depois vendê-la em uma casa assim, de maior categoria.Mas apesar desses avanços, a banda corria riscos. Havia um rumor de que o Mu havia recebido um convite irrecusável por parte da Celina Silva, esposa do tecladista, Sérgio Henriques, e que ele estava a movimentar-se para aceitá-lo. Ao confirmar-se, abalaria as estruturas frágeis dessa banda, mas seria uma grande oportunidade profissional para ele.
Nenhum comentário:
Postar um comentário