quinta-feira, 22 de maio de 2014

Autobiografia na Música - Patrulha do Espaço - Capítulo 9 - Por Luiz Domingues

Creio que o Júnior não teve receio quanto a musicalidade dos meninos. A grande questão fora o receio em torno da pouca experiência de ambos. Temor natural para ele que era experiente, e mal conhecera os dois, mas eu tinha outra visão, pois com quase um ano e meio de convívio com eles, no Sidharta, apesar dessa banda não ter feito shows ao vivo, eu sabia que os dois não desapontariam-nos diante de uma responsabilidade maior.

Além do mais, eles eram garotos, mas já haviam tocado ao vivo em bares; festas, festivais colegiais etc. Por outro lado, fiquei eufórico por ter dado esse destino ao projeto Sidharta, pois tornar essa semente primordial, uma flor colhida com uma história relevante na História do Rock Brasileiro, foi um grande passo. 

O que era um sonho incerto em 1997 (e de certa forma representava a retomada do fio da meada de 1976, em meu caso particular), estava a revelar-se um triunfo, ao precipitar a volta de uma banda com história, e da árvore genealógica dos Mutantes. Portanto, se analisarmos sob o ponto de vista do garoto, Luiz Domingues, que sonhava em ser um Rocker em 1976, sem saber tocar uma única nota musical, foi significativo demais...
Todas as fotos deste capítulo são do acervo de Rodrigo Hid, e foram gentilmente cedidas para ilustrar essa etapa da minha autobiografia, onde ele também é personagem importante, assim como Rolando Castello Junior, e Marcello Schevano.

Continua...

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