Se estivéssemos a gravar de uma forma independente, essa produção teria sido rápida. Mas
como dependíamos da direção da gravadora, as sessões foram espaçadas,
ao arrastar a agenda, mesmo por que, havia outras bandas da mesma
coletânea para gravar-se.Veio a sessão do
Deca, mais sossegada, mas nem tanto...
Lembro-me da sessão dele também
por um fato inusitado e agradável, posso dizer. Como já
havia contado, o estúdio tinha duas salas. Na sala A, que era muito
maior, nesse dia, estava ali a trabalhar, o Jorge Benjor.
Encontramos com ele no espaço do café do estúdio, e ele foi extremamente simpático para conosco, ao levar-nos para a sala A, onde pudemos assistir um pouco da sessão de gravação das bases de sua banda. O
clima entre os membros de sua banda mostrou-se marcado por muita camaradagem, ao dar-nos
a certeza de que trabalhar com ele devia ser muito bom. Jorge tinha algumas presenças femininas consigo, e de fato, a alquimia estava boa para ele, ali. Salve simpatia...
Na
mesma sessão, esteve presente um dos membros do Duo performático, "Os
Mulheres Negras", provavelmente a convite do Jorge. Mas esse cidadão
não foi nem um pouco simpático para conosco, lamentavelmente. E
por fim, a sessão do Chris para gravar o seu vocal solo, também deveria ter sido tranquila. O
Chris, apesar de ser um brincalhão incorrigível, na hora em que precisa desempenhar, é focado. Todavia,
o produtor atormentou-o, e raro, eu pude ver o Chris irritado, e de tão
contrariado gravou de costas para a técnica, pois não suportava mais as
interrupções constantes do cidadão. Apesar dos pesares, ele conseguiu gravar, mesmo com essa tensão. Dias depois, fomos convidados para participar do coro
de um refrão de uma das músicas da banda brasiliense, "Little Quail", que fazia parte da
mesma coletânea.
A ideia foi ter uma multidão para reforçar o coro que
dizia : "Não tem cinco, não tem seis"... ao responder para o vocalista da
banda que cantava : "Um, dois, três, quatro"... além de membros
de todas as bandas da coletânea, lembro-me da presença de músicos de outras bandas
presentes, tais como o pessoal do Viper; Anjos dos Becos, e Okotô, por exemplo.
Dividi
o meu microfone com o Lee Marcucci, e o guitarrista do Okotô. Foi uma
bagunça total, com mais de quarenta pessoas a berrar, mas foi divertido. E
foi nessa sessão que autografamos (todas as bandas), uma pele de caixa
de bateria, cuja foto aparece na ficha técnica do CD / LP (sim, esse disco
ainda saiu sob o velho formato de vinil).
Continua...
Neste meu segundo Blog, convido amigos para escrever; publico material alternativo de minha autoria, e não publicado em meu Blog 1, além de estar a publicar sob um formato em micro capítulos, o texto de minha autobiografia na música, inclusive com atualizações que não constam no livro oficial. E também anuncio as minhas atividades musicais mais recentes.
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