domingo, 5 de outubro de 2014

Autobiografia na Música - Sala de Aulas - Capítulo 26 - Por Luiz Domingues


Logo no início de 1990, as minhas aulas ganharam, portanto, um ar diferente, para marcar a sua segunda fase. Eu costumo dividir a minha relação como professor em quatro fases, da seguinte forma : 

1) 1987 / 1989 -  A Estrela que apagou-se (decadência e fim d'A Chave do Sol) 

2) 1990 / 1991 -  Ao tatear no Escuro (em busca de um trabalho) 

3) 1992 / 1997 - Sob o Luar (anos Pitbulls on Crack) 

4) 1997 / 1999 - A embarcar na nave lisérgica (Sidharta / Patrulha do Espaço) 

Portanto, estava encerrada a fase número um, quando eu tive uma banda e deixei de tê-la, para ingressar assim em uma obscura fase em relacionar-me com novos trabalhos, e pior ainda, não achar efetivamente um espaço confortável, e que garantisse-me reais perspectivas. Contudo, apesar de ter sido uma fase sombria por esse aspecto, foi também sob estabilidade financeira por conta do suporte que as aulas ofertavam-me. Nos cinco primeiros meses de 1990, não ocorreram grandes novidades em minhas aulas, a não ser a partir do mês de maio, onde eu tive que mudar-me de endereço residencial, e esse transtorno sempre seria invasivo no andamento da minha rotina, não só pelos preparativos de antes e depois da mudança de habitação, mas principalmente pelo fato de ir morar em um outro apartamento, e este, ao contrário do que eu estava a morar, muito menos estratégico em termos de localização e opções em relação aos transportes públicos. Com isso, temi perder alunos, talvez desmotivados pelo fato do meu novo local de aulas ficar distante cerca de oito quarteirões da estação de Metrô mais próxima, e com muito menos linhas de ônibus disponíveis nos arredores. Isso foi um fato, mas não houve outra alternativa. 


Continua...

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