quinta-feira, 27 de novembro de 2014

Autobiografia na Música - A Chave do Sol - Capítulo 204 - Por Luiz Domingues


O próximo compromisso foi o show do Sesc Pompeia. 
De fato, o produtor, Antonio Celso Barbieri, esmerou-se e teve o respaldo do Sesc, para uma divulgação maciça. Uma entrevista coletiva de imprensa foi convocada nas dependências do Sesc Pompeia, e para ser preciso, na sua famosa chopperia, onde todas as bandas participantes compareceram.

Um cocktail foi servido e jornalistas de vários órgãos compareceram ao evento, onde o Barbieri conduziu a conversação, a explicar os objetivos do festival. Foi de fato, uma grande conquista dele, como produtor, ao atrair uma quantidade substancial de bandas autorais, para um palco nobre como o do Sesc Pompeia, dotado de uma estrutura de som; luz; camarins; e cenografia, profissional, fora a questão da divulgação, e claro, o status em tocar-se em um teatro desse porte, com real possibilidade de visibilidade pública e enriquecimento de portfólio e currículo. O simples fato de estarmos em uma coletiva com tantos jornalistas, já era prova de sucesso do evento, e do Barbieri como um produtor abnegado, que muito rapidamente surgiu no meio e firmava-se como um empreendedor vitorioso. 

Dessa coletiva, tenho a dizer que por questão de ordem, o Barbieri determinou que apenas um representante de cada banda comparecesse à conversação e mesmo assim, poucos falaram, com o próprio Barbieri a centralizar mais o discurso, pois fora o elemento que detinha uma visão mais globalizada do evento, quando cada músico, inevitavelmente, culminaria em falar mais de sua própria banda, e convenhamos, a tendência seria em tornar-se um discurso óbvio, e no tocante à expectativa de cada um sobre o evento, cair-se no lugar  comum, em "estamos contentes por participar" ou pior ainda, "tocaremos com muita garra" etc e tal. No entanto, mesmo com esses cuidados, alguns deslizes ocorreram... 


Continua... 

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