E nessa estreia, um bom público, com cerca de cem pessoas, assistiu-nos. No dia seguinte, repetimos a dose no mesmo, Barbarô, com mais
gente : cento e vinte pessoas (12 e 13 de dezembro de 1980). E fora uma semana dura para nós, pois ainda estávamos impactados pela chocante notícia do assassinato brutal de John Lennon, dias antes, e sem dúvida, fora um duro golpe para todos nós.
Como já mencionei anteriormente, com a
entrada do Aru Junior, passamos a tocar também temas progressivos. No set
list inicial dessa fase, tocávamos "Long Distance Runaround",
"Roundabout" e "I've Seen All the Good People"do Yes, por exemplo.
Apesar
da ausência de teclados nesse momento inicial (o Sérgio Henriques
voltaria e sairia da banda algumas vezes nessa fase também, conforme relatarei
logo mais), as músicas soavam muito bem, com instrumental preparado com
minúcias, e vocais muito bem afinados. Tocávamos também nessa
sessão progressiva, "Playing the Game" e "Betcha Though you Couldn't Do
It", do Gentle Giant, e "I Know What I Like" do Genesis. Havia planos para
tocar "Horizons", do Genesis, mas esta última, nunca entrou de fato no set list. Os
temas progressivos eram reparados apenas pelos mais antenados, pois o
público básico do Terra no Asfalto, não era formado por Rockers inveterados e
conhecedores da matéria. Mas houve uma vez, que foi engraçada a reação
despertada por essa sessão progressiva.
O Gentle Giant, um dos maiores baluartes do Rock Progressivo britânico, nos anos sessenta
Antecipo-me, e conto que aconteceu em 1981, em uma apresentação onde contávamos com a presença do tecladista, Sérgio Henriques de volta à banda. Ele tinha um amigo, seu colega de faculdade de música, na USP, que também era fã de Rock Progressivo, e que em uma certa apresentação nossa, em um desses bares em que tocávamos, encontrou-o na rua por acaso, pois ele iria tocar também, em um outro bar, próximo. Ao dizer-lhe que tocaríamos "Gentle Giant", esse amigo, que também era tecladista, disse que queria ver isso a todo custo, pois achou inacreditável alguém tocar Gentle Giant, no ambiente efêmero da noite. E assim, no intervalo de sua apresentação no bar vizinho, lembro-me em vê-lo debruçado em uma janela, a assistir-nos a tocar uma música do Gentle Giant. Foi um rapaz chamado, Nico Rezende, que poucos anos depois, ficou famoso como compositor e cantor solo, com músicas a tocar pelas emissoras de rádio, FM.
Antecipo-me, e conto que aconteceu em 1981, em uma apresentação onde contávamos com a presença do tecladista, Sérgio Henriques de volta à banda. Ele tinha um amigo, seu colega de faculdade de música, na USP, que também era fã de Rock Progressivo, e que em uma certa apresentação nossa, em um desses bares em que tocávamos, encontrou-o na rua por acaso, pois ele iria tocar também, em um outro bar, próximo. Ao dizer-lhe que tocaríamos "Gentle Giant", esse amigo, que também era tecladista, disse que queria ver isso a todo custo, pois achou inacreditável alguém tocar Gentle Giant, no ambiente efêmero da noite. E assim, no intervalo de sua apresentação no bar vizinho, lembro-me em vê-lo debruçado em uma janela, a assistir-nos a tocar uma música do Gentle Giant. Foi um rapaz chamado, Nico Rezende, que poucos anos depois, ficou famoso como compositor e cantor solo, com músicas a tocar pelas emissoras de rádio, FM.
Continua...
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