domingo, 30 de março de 2014

Autobiografia na Música - A Chave do Sol - Capítulo 100 - Por Luiz Domingues


De uma certa forma, o fato do disco ter enfrentado entraves burocráticos e extra musicais para ficar pronto, teve um aspecto atenuador para a banda. Ocorreu que no período entre o fim de janeiro, até a minha saída do Língua de Trapo, pela segunda e definitiva vez, no início de julho de 1984, quase não houve brecha possível para agendar shows d'A Chave do Sol. Portanto, o risco que corremos em perder o bom embalo construído arduamente desde 1982 (e potencializado pelas aparições na TV), fora enorme.

Isso somara-se ao fato de não termos na ocasião um empresário que pudesse capitalizar o "momentum" propiciado pela exposição midiática excepcional que obtivéramos. Então, o fato do disco ter demorado para sair, de certa forma foi estratégico, pois quando ficou pronto enfim, coincidiu com a época em que eu estava de saída do Língua de Trapo, portanto, com liberdade para dedicar-me integralmente para A Chave do Sol, novamente. Nesse ínterim, tivemos mais uma participação no programa : "A Fábrica do Som", da TV Cultura. Nessa participação, que foi ao ar no dia 31 de março de 1984, tocamos : "Luz"; "Crisis (Maya), e novamente "Átila". 

Somente as duas últimas músicas que citei, foram ao ar, e os respectivos vídeos, estão no You Tube. Desta vez, a produção do programa foi irredutível e o Zé Luiz teve que usar a bateria Gope e acrílica da TV Cultura, como houvera sido durante a nossa terceira aparição, em novembro de 1983. 


 http://www.youtube.com/watch?v=oZlb0BzsKhI

O link acima direciona para o vídeo de "Crisis (Maya)", performance da quarta aparição da banda no programa : "A Fábrica do Som", gravado no dia 27 de março de 1984, e que foi ao ar em 31 de março de 1984 

O Rubens aparece nesse vídeo com o cabelo bem mais curto do que o habitual, pois questão de dias antes, foi padrinho de casamento de sua irmã mais velha, Roseli Gióia. Apesar de "negociar" insistentemente com a sua irmã para ir ao casamento com o cabelo preso, ela foi irredutível, e ele teve que empreender um corte exagerado para os nossos padrões como Rockers setentistas que éramos. O Zé Luiz iria usar uma camiseta com o Logotipo novo que acabáramos de adotar, e estaria na capa do compacto. Era a famosa ilustração da pomba a voar em direção ao Sol. Mas a encomenda das camisetas não ficou pronta a tempo, infelizmente.
Esta camiseta retratada acima, eu nunca usei, mas a preservei como peça de memorabilia d'A Chave do Sol

Esse logotipo foi usado nessa remessa inicial de camisetas e também em bottons que mandamos fazer. Foi um sujeito chamado, Paulo, que propôs-nos esse merchandising e mediante um pacote,  fechamos o negócio. A arte final foi de um rapaz chamado, José Vicente Dias, do qual já comentei anteriormente. De todas as nossas seis apresentações na Fábrica (somente cinco foram ao ar, e logo mais eu explicarei como aconteceu essa sexta aparição, que contém uma história sui generis), essa foi a mais comedida de todas para nós, tanto em termos técnicos, quanto na recepção do público.

https://www.youtube.com/watch?v=hGpDdoPyDJc

O link acima direciona para o vídeo da música `: "Átila",  executada ao vivo no programa, "A Fábrica do Som", gravado em 27 de março de 1984, e que foi ao ar no dia 31 de março de 1984  

Mas de forma alguma eu poderia afirmar que foi ruim. Foi boa a apresentação, só não teve o calor efusivo das anteriores e da derradeira, posterior.



Continua... 

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