Autobiografia na Música - Kim Kehl & Os Kurandeiros - Capítulo 2 - Por Luiz Domingues
Estava mesmo tranquilo, confiante e sobretudo ocupado com essa nova atividade
como escritor / blogueiro e autobiógrafo, quando surgiram as primeiras
sondagens de bandas e músicos interessados em meus serviços, como músico. O primeiro sinal nesse sentido, entre abril e julho de 2011, deu-se quando fui sondado por uma jovem banda em início de carreira. Em conversa pelo inbox do Facebook, ouvi o som deles, e não gostei, por
achá-lo pesado demais para o meu gosto.
Tratava-se de um som influenciado pelo
Hard-Rock oitentista, e com ares modernosos. Para quem conhece-me bem, e
nesta autobiografia deixo muito claro qual é a minha formação musical
básica, é claro que esses dois fatores que identifiquei na obra deles, não agradam-me em nada. Independente
disso, creio que o outro fator que pesou para eu declinar do convite,
foi por sentir a inexperiência dos rapazes. Eu não teria nenhum problema em
trabalhar com músicos bem mais novos do que eu, porém, nesse caso,
achei-os imaturos, mesmo. Portanto, além de não gostar da
proposta artística, pesara o fato desses rapazes ser bastante imaturos, e
convenhamos, nesse caso, seria um sacrifício em meu caso (e do alto de meus então, cinquenta e um anos de
idade), e dessa forma, eu não teria nenhum motivo para encarar um negócio desses.
Não
revelarei o nome da banda, mas achei-os animados, e extremamente
simpáticos, portanto, desejei boa sorte, e estou na torcida por eles
alcançarem os seus objetivos, pois são garotos "do bem", e merecem o êxito na
carreira. Outra sondagem foi a de uma banda já consolidada, com
discos lançados etc. Mas essa sondagem foi sutil, por não explicitar-se.
Ficou só nas insinuações, mas eu não dei muita vazão, pois os próprios
membros da banda davam a entender que o trabalho caminhava para a
dissolução, desencantados com as dificuldades do mercado etc. Não faria
sentido entrar em uma banda em vias de extinção, ao ter recentemente
passado pelo mesmo processo com o Pedra. Uma terceira
oportunidade revelou-se também insípida. Tratou-se de um músico, muito gentil,
aliás, mas que convidou-me apenas para unir forças, talvez para gravarmos algo
juntos. Não foi nem uma proposta concreta para formar uma nova banda, ou
projeto que fosse. Foi muito "aéreo" demais, apesar dele ser gente boa. Prefiro
não revelar nem o nome da banda que citei acima (que aliás encerrou
atividades, de fato), e nem o desse músico do qual falei no parágrafo
acima.
Tampouco revelarei do próximo... embora essa quarta
oportunidade tivesse sido a mais tentadora, nesse período. Tratou-se de uma
banda jovem e super talentosa, que eu admirava muito. Estava acostumado a
incentivá-los, e divulgar o seu trabalho pelas redes sociais, com enorme
prazer, inclusive. Foi então que recebi uma sondagem de dois
de seus membros, sabedores que o Pedra havia encerrado atividades. Fiquei
surpreendido, pois não imaginava que estariam a perder o seu ótimo
baixista. Mas, parecia que o rapaz iria sair, e eles lembraram de minha pessoa.
Eu
teria entrado com muito prazer nessa ótima banda, apesar deles ser
bem novos. E não importar-me-ia em vestir a camisa, mesmo sabedor de que
tratava-se de uma banda sem produção; dinheiro em caixa e tampouco contatos. Seria um
começar de novo, com uma banda zero Km, a percorrer a inevitável via crucis
dos iniciantes, mas isso não incomodar-me-ia, a grosso modo. Mas
culminou que eu não aceitei o seu gentil convite, porque simultaneamente,
recebi um recado no Facebook, e no Orkut, vindo de um guitarrista muito
conhecido no meio Rocker paulistano, e mostrou-se uma proposta dupla de
trabalho, bastante interessante. O nome desse guitarrista... Kim Kehl !
Continua...
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