Passada essa aventura interiorana, os próximos compromissos seriam por São Paulo e arredores, mesmo. Em
18 de maio de 1984, fomos à FEI, de São Bernardo do Campo / SP, uma
tradicional faculdade de engenharia, que costumava alimentar as grandes fábricas
automotivas sediadas naquela cidade, com profissionais, todos os anos.
Foi
um show avulso e a resgatar a origem o primordial da banda, ou seja, a
sua vocação em apresentar-se para um público universitário, em seu ambiente.
Foi
um show realizado no ginásio de esportes da instituição e o público
universitário apreciou muito. Minha lembrança, inclusive, é que por fugir
das características normais do Língua de Trapo, o show ganhou ares de
show de Rock, com momentos inclusive permeados por uma euforia por parte do público, o que causou-nos
um espanto. Cerca de mil e duzentas pessoas assistiu-nos e o show
ocorreu no entardecer, ao fugir um pouco do horário tradicional do
teatro, pelo qual estávamos acostumados a atuar. E no dia seguinte, fizemos um show no Clube Ipê, sediado em São Paulo.
O
Clube Ipê, para quem não conhece a cidade de São Paulo, é um clube tradicional,
instalado próximo ao Parque do Ibirapuera e com um bom patrimônio próprio;
a contar com quadras; piscinas, e instalações sociais muito bem cuidadas. Foi
também um show atípico para nós, pois geralmente shows realizados em
uma área social de clube poliesportivo, são realizados em cidades
interioranas com pequeno porte, onde não existem teatros, ou casas de shows melhor estruturadas.
E, nesse caso em específico, foi engraçado cumprir o
show, pois ele ocorreu antes de um baile. Portanto, tocamos a utilizar o
equipamento de uma banda de bailes, e tal prática lembrou-me o padrão
muito comum nos clubes paulistanos, entre os anos cinquenta e sessenta,
com artistas imbuídos pelo trabalho autoral, a realizar apresentações pequenas (mas um pouco maior na metragem, que o padrão "choque"), para
que depois, bandas de baile pudessem entreter o público de tais clubes, isto é, os
seus associados. De certa forma, o público presente foi
surpreendente, pois cerca de trezentas pessoas estiveram ali a assistir-nos e
em sua maioria, formada por um grupo de jovens e muitos, fãs do Língua de Trapo, pelo teor das suas
reações durante o show. E tal espanto de minha parte, justificara-se pelo fato
de que, em plena Era das danceterias, esperávamos poucos jovens ali presentes,
em um sábado a noite. Foi no dia 19 de maio de 1984, e assim ocorreu a nossa apresentação no Clube Ipê, de São Paulo.
Continua...
Neste meu segundo Blog, convido amigos para escrever; publico material alternativo de minha autoria, e não publicado em meu Blog 1, além de estar a publicar sob um formato em micro capítulos, o texto de minha autobiografia na música, inclusive com atualizações que não constam no livro oficial. E também anuncio as minhas atividades musicais mais recentes.
sábado, 2 de novembro de 2013
Autobiografia na Música - Língua de Trapo - Capítulo 116 - Por Luiz Domingues
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