segunda-feira, 18 de novembro de 2013

Autobiografia na Música - Língua de Trapo - Capítulo 137 - Por Luiz Domingues

Paulo Estevam Andrade / Saulo / Nilma  Martins / Dico
Sobre quatro artistas da primeiríssima formação do "Grupo de Poesia e Arte da Faculdade Cásper Líbero", Paulo Estevam Andrade (também conhecido como "Paulo Sustenido"); Saulo; Nilma Martins e Dico, não tenho muito o que dizer, pois foram componentes que sumiram da vida do Língua de Trapo, com muita rapidez. Passada a segunda apresentação desse grupo, em agosto de 1979, somente o Dico, prosseguiu um pouco mais, e ele apresentava um potencial para o humor, bem interessante, mas a vida o levou para um outro lado. Mais recentemente, reativei, no entanto, o contato com Paulo Estevam Andrade, que revelou-me ter mudado-se para Marília, no interior de São Paulo, ainda naquela época, e que lá, tornara-se um professor, profissão que exerce até os dias atuais.
 
Celso Mojola
Celso Mojola era / é um tecladista com sólida formação erudita, mas que apreciava o Jazz, também. Estudante de música na USP, tinha ouvido absoluto, ou seja, percebia desafinações de instrumentos com uma precisão maior que afinadores eletrônicos. Participou da primeira fase da banda, com bastante desenvoltura, inclusive ao ter gravado a primeira Demo-Tape do Língua de Trapo, em 1980. Quando saí em 1981, ele pareceu estar firme na banda, mas alguns meses depois, soube que o novo tecladista era João Lucas, irmão do baixista Luiz Lucas, que substituíra-me em 1981. Mojola também conectou-se comigo no Facebook, mas nunca conversamos além dos cumprimentos iniciais pelo adicionamento etc.

Fernando Marconi

Fernando Marconi entrou na banda, ainda em 1979, e como era um músico com muito talento e estudioso, tinha pretensões a tornar-se um músico com alto nível, e portanto interessado em orbitar no mundo da música instrumental; Jazz; Fusion e similares. O que talvez nem ele suspeitasse, foi que teria igualmente uma veia humorística, e ele foi mais um trunfo para o Língua de Trapo. O Fernando era muito gentil e sempre foi cordial comigo. Nunca esqueço-me de uma passagem, onde fui à sua residência, e tive curiosidade para tocar em um par de congas, um instrumento de percussão, cuja sonoridade eu aprecio muito, desde que pilotado por um percussionista de ofício, e não um curioso desavisado, e sem técnica, como eu era (sou). Ele deixou que eu tocasse, e alguns minutos depois, não parou de rir, ao ver as bolhas que brotaram nas minhas mãos, como um incauto que eu fui... enfim, percussão é coisa séria...

O Fernando culminou em sair abruptamente da banda, pouco tempo depois que eu voltara, em 1983. Depois dessa saída repentina dele, nunca mais tive notícias, a não ser quando comecei a navegar na Internet, e verifiquei que ele construira uma carreira sólida no mundo da música instrumental. Mas como esse nicho é muito fechado, apesar de ser um grande músico, não é famoso. Estamos conectados no Facebook, mas ele mostrou-se indiferente ao meu contato, e eu respeitei essa postura dele, é claro.

Falo por fim dos componentes mais regulares em minhas duas passagens pela banda...


Continua...

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