domingo, 10 de novembro de 2013

Julgamento - Por Telma Jábali Barretto


Será o ato de julgar, só e necessariamente, algo negativo, defeito mesmo da condição humana inferior?
Frases e frases de pensadores, filósofos e santos descrevem tal exercício, também enunciado no dicionário como analisar, arbitrar, ajuizar ou simples função que produz um veredicto e...veredicto não seria apenas sentenciar uma verdade, algo como conclusão de fatos ?
Provável que sim, e, se sim, conclui-se, então, que desenvolvemos nos últimos tempos uma complexidade tão grande de parâmetros, de novas e ainda tantas e amplas possibilidades de percepção que tememos, cuidamos no julgar e ser julgados. 
Na verdade, poderíamos dizer, simplificando bastante, tememos opiniões ao mesmo tempo que precisamos, alguns desesperadamente, do chamado feed back.
Complexo isso não ?!...
Queremos retorno que nos aceite ou aplauda, aqueles tais quinze minutos de fama que, dizem, todos teremos!
Nem sempre há a expectativa que promova pensar, reorganizar ou rever posições, ideias ou atitudes.
Convivemos, ainda com conceitos que, a tudo exposto ou à venda deva vir acompanhado de pesquisa de satisfação e essa postura para, supostamente imaginamos, melhoria na qualidade.
Concomitantemente, posicionamento que nos ensina atenção e delicadezas ao ‘julgar’.
Aceitando ou não, respeite toda e qualquer manifestação, respeitando a Vida em sua dignidade, realeza, beleza e singularidade muito além das normas, regras que nos regem socialmente, das básicas, desde o condomínio, negociáveis entre as partes dos pequenos agrupamentos, à Constituição, até às mais sutis e nem verbalizadas, hoje, merecem atenção.
Somos treinados a tudo avaliar sempre e, no momento após, convidados a tudo também respeitar !
Direitos e deveres !!!
Tempo de amadurecer...de ser adulto no mais pleno sentido...
Capaz de autossustentação, mas há que ter tamanho interno para tal empreitada e feito.
Há que se enfrentar as mais adversas ambiguidades, realidades, polaridades. 
E, em meio a tantas verdades, legislar a própria, e, mais que fundamentar as suas, honrá-las!
Não sendo capaz disso, aí sim, mais vulneráveis ficamos aos julgamentos : dos próximos, no desconforto, dos mais queridos e ainda mais próximos, doendo muito, e os mais absolutamente difíceis verecditos são aqueles que enfrentamos no próprio espelho, à luz da consciência !



Telma Jábali Barretto é colunista fixa no Blog Luiz Domingues 2. 
Engenheira civil, é também uma experiente astróloga, consultora para harmonização de ambientes e instrutora de Suddha Raja Yoga.


3 comentários:

  1. Olá, Telma, todos os julgamentos que fazemos, sobre humanos e não humanos, e seus procedimentos, nenhuma base têm; somente acertamos por casual coincidência, pois ninguém, absolutamente ninguém, tem a capacidade de chegar às causas mais profundas que deram origem ao fato (o efeito) que hoje se apresenta aos nossos olhos, ao nosso julgamento. Talvez, por isso mesmo, o sábio tenha aconselhando a "nunca julgar"!.

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    1. O Blog agradece a sua visita, e sobretudo o rico comentário, Luis Conforti Jr. !

      Penso exatamente como você, nesse caso. A engenharia cósmica é perfeita, e mesmo que demoremos a entender certos acontecimentos aparentemente "aleatórios", tudo faz sentido numa macro visão do todo.

      Visite sempre o Blog !!

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  2. Obrigada Luiz Conforti Jr pela leitura e seu comentário.
    Nem questiono aqui se acertamos ou erramos...só uma reflexão sobre tão delicado tema que entendo sim! que estamos sempre 'julgando' e nem sempre isso signifique uma imposição de pena ou culpa, ou mesmo erro\acerto (talvez esse o motivo dessa reflexão...)! Ao contrario...muitas vezes, nosso julgamento elege ou privilegia fatos e pessoas...agora mesmo, em seu comentário, elegeu, 'julgou', reconheceu um 'sábio'! Da perspectiva quântica, o olho do observador, é de fundamental importância para cada um baliza e parâmetro, e é dessa premissa individual que pautamos, construimos a existência!

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