O contrato foi para dois meses de permanência, com média de dois shows por semana, mas no todo, fizemos quatorze shows, ao invés de dezesseis como estava previsto anteriormente.
A
animação foi total, e sentíamos que portas ainda maiores abrir-se-iam por
estarmos a nos guiar sob um ritmo de ascensão desde que a Verônica Luhr entrara para a
banda, como vocalista.
E só por verificarmos que tocaríamos toda noite a nos revezarmos com o Tutti-Frutti, ou com o Fickle Pickle, já foi um tremendo sinal. Além dos shows grandes, ali programados.
Não ocorriam nos dias em que tocávamos, mas sabíamos que haveria shows do Kid Abelha, Herva Doce, Blitz, Lobão e os Ronaldos, Lulu Santos, Barão Vermelho, e Paralamas do Sucesso. Foram os grandes nomes do BR-Rock 80's, a estourar na mídia, portanto a denotar que estávamos nesse bojo.
E pensar que dois meses antes, estávamos a tocar no Devil's Bar sob condições precárias, em meio a ratos, ou seja, não somente por essa conquista, mas pelo movimento crescente em que vínhamos, desde a entrada da Verônica Luhr.
Foi uma sucessão de boas novas que foram a
alçar-nos à condições melhores, sob um curto espaço de tempo. Obviamente que a banda estava muito bem, super motivada com tudo isso e especialmente em relação à entrada no Victoria Pub. Sabíamos
que a badalação ali não ficava só por conta dos jovens burgueses e endinheirados
que a frequentavam. Em realidade, tirante as atrações musicais, haviam
muitos "vip's" que estavam sempre ali a circular. Músicos famosos, modelos, atores consagrados da TV, gente do mundo do teatro e do cinema etc.
Quando eu começar a relatar sobre os shows em si, revelarei algumas histórias paralelas nesse sentido.
Só houve uma controvérsia nesse contrato: este mantinha regime de exclusividade e nesses termos, estávamos proibidos de agendar em outros lugares de São Paulo, no mesmo período. Não dimensionamos esse detalhe à época, inebriados pela sensação de ascensão, mas algum tempo depois, isso geraria o primeiro momento de queda da banda.
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