Virou o ano, e agora as minhas aulas começaram a conviver com uma outra realidade. A Chave do Sol havia passado por uma violenta ruptura, e isso obrigou-nos a montarmos uma nova identidade às pressas e assim, tal nova banda (A Chave / The Key), passou a ocupar a sala de estar da residência do vocalista, Beto Cruz, para ensaiar. Todo o equipamento ficava montado permanentemente, o que de certa forma produzia um visual bonito e estimulante para os alunos, tanto os meus, quanto os do Beto. Outro fato interessante do começo de 1988, foi que eu conheci fortuitamente duas pessoas que tornar-se-iam grandes amigos, ao apresentar-me à outros bons amigos que acompanhariam a minha trajetória dali em diante. Foi dentro de um ônibus da linha Belém / Jardim Bonfiglioli, que um dia notei a presença de dois jovens a olhar-me insistentemente. Estava acostumado a ser reconhecido nas ruas, por conta da exposição boa que eu tive na década de oitenta com A Chave do Sol, e o Língua de Trapo. Mas como descemos no mesmo ponto da Av. Comendador Bonfiglioli, eles criaram coragem e abordaram-me. Tratou-se dos irmãos Fazano, ambos guitarristas, e que sim, reconheceram-me por conta d'A Chave do Sol. Eles moravam na rua transversal à do Beto, e desconfiavam ter alguma movimentação por ali, por ouvir de longe os nossos ensaios e também ao ver a presença de cabeludos em profusão pelas redondezas...
Continua...
Nenhum comentário:
Postar um comentário