Como de praxe, deixo claro que posso reabrir o capítulo em qualquer momento, desde que fatos novos apareçam, com a possibilidade de materiais perdidos que possam surgir; correções; adendos; contatos com ex-membros que tragam algum elemento diferente à narrativa etc. Como já deixei claro ao longo de toda a narrativa, o Terra no Asfalto foi mais que um meio para ganhar dinheiro, meramente, em um momento em que foram cruciais dois aspectos em minha vida :
1) Ganhar dinheiro e;
2) Autoafirmação como músico profissional.
Ao ir além, foi um verdadeiro curso intensivo que fiz, para dar-me experiência musical; destreza ao instrumento; segurança; postura de palco, e convívio com músicos de alto nível. Infelizmente, além da narrativa desta autobiografia, praticamente não existe material dessa banda. Por tratar-se de uma banda cover, nunca cogitamos fotografar apresentações, tampouco fazer uma sessão com fotos promocionais. Não existe um release oficial, histórico ou qualquer material, a não ser as minhas anotações de apoio com datas, locais e quantidade de público presente nas apresentações, fora pouquíssimos itens de portfólio, que tenho usado e abusado como ilustração, nos capítulos. Melhor que nada, diria o otimista, mas muito pouco para o pessimista de plantão...
Mesmo assim, e por considerar ter sido um celeiro com grandes músicos, eu mesmo criei uma comunidade na extinta rede social Orkut, a visar preservar um pouco da história da banda, embora eu reconheça que o pouco que ali conteve, fora o conteúdo que eu mesmo reuni e disponibilizei nesta autobiografia. Mesmo assim, o objetivo foi agregar material; histórias e observações sobre o trabalho dessa banda, que embora não fizesse música autoral, foi uma banda formada por grandes músicos que por ali passaram. O Orkut fechou as suas portas, infelizmente, mas eu abri comunidades em outras redes sociais com o mesmo teor. Portanto, esse recurso encontra-se nas Redes Sociais, "Google+" e "Yoble", em um primeiro instante, mas tenho planos de seguir tal estratégia em outras redes, igualmente. Estejam convidados a participar, e já deixo o recado : quem porventura possuir algum tipo de material (fotos; filmagens; recortes de jornais & revistas, cartazetes e filipetas), por favor divulguem-nos na comunidade, seja de que Rede Social, for.
Agradeço a todos os companheiros que passaram pela banda, por todos os shows que fizemos. Mas sobretudo pela enorme ajuda que ofertaram-me, ao fazer a transição de que tanto necessitava, em suplantar a barreira inicial dos primeiros e difíceis anos de minha carreira, para uma condição de músico profissional, em condições de lutar por uma carreira autoral no mundo musical. Obrigado ao Cido Trindade, por acreditar em minha pessoa, sobretudo em um momento onde percebeu que eu melhorara como instrumentista, quando vislumbrou levar-me para um trabalho como side-man, a acompanhar o cantor, Tato Fischer, e sem o qual, não acarretaria na oportunidade por ter conhecido o tecladista, Sérgio Henriques. Agradeço Sérgio Henriques por ter tido a perspicácia em indicar esse trio que acompanhava o Tato Fischer, para fundir-se a um outro trio de músicos, e ter nascido assim, o primeiro sexteto raiz do Terra no Asfalto. Sem Sérgio Henriques, eu não teria conhecido Paulo Eugênio, que foi o homem aglutinador do Terra no Asfalto.
Através de Paulo Eugênio, conheci Wilson Canalonga Jr.; Geraldo "Gereba"; Fernando "Mu", e Aru Junior, quatro guitarristas da pesada.
Obrigado, Paulo Eugênio Lima, onde estiver, por ter proporcionado-me a chance para tocar com essas feras, por oitenta e três apresentações, onde sem dúvida, tal carga teve o peso de um curso intensivo para a minha formação profissional.
Obrigado ao Wilson Canalonga Junior, pelo convívio, amizade, conversas animadas sobre os Beatles, que adoramos, e pela possibilidade em ouvir as suas vocalizações nos bonitos backing vocals que fazia.
Obrigado, Geraldo "Gereba", pela sua guitarra "arretada". Seus solos inacreditáveis ainda ressoam em minha memória, cheios daquela brasilidade que só você, e o Pepeu Gomes possuem... e que esteja a tocá-los aí, do "outro lado" !
Muito grato, Fernando "Mu" ! Você foi o primeiro grande guitarrista Rocker com o qual eu pude ter a honra em tocar. Tocar contigo, foi como estar no palco do festival de Woodstock, a tocar com um Deus do Rock, verdadeiramente.
Jamais esquecer-me-ei de sua interpretação para : "Star-Spangled Banner", ao fazer toda a ruideira proveniente das alavancadas criadas pelo Jimi Hendrix, , só que através de uma guitarra Gibson Les Paul Jr, a puxar o headstock na mão ! Fazer aquilo sem alavanca, foi inacreditável, e deixaria o Hendrix com o seu queixo caído !
Obrigado, Aru Junior ! Você foi um professor e um maestro para a minha trajetória. Sua dica em torno do mise-en-scenè, mudou mesmo a minha vida, e se sou respeitado em minha carreira, devo muito à essa orientação valiosa. E que bom que esteja do "lado de cá", espero que por muitos anos, ainda.
Obrigado, Luis Bola ! Você foi muito generoso comigo, e os sons do Frank Zappa que ouvimos na sua casa, foram sempre muito inspiradores.
Edson "Kiko" : já expressei através da narrativa, as minhas desculpas, reiteradas vezes. Espero que esteja bem neste momento !
Um agradecimento especial ao Edmundo, pelo apoio recebido logo no início das atividades da banda, e amizade expressa por muitos anos, ainda que vejamo-nos sazonalmente.
Aos agregados, amigos e músicos com passagens rápidas, um muito obrigado, igualmente.
O Terra no Asfalto teve méritos, apesar de ter sido somente uma banda cover. E nos agradecimentos expressos acima, fica uma constatação : teve o efeito de uma verdadeira teia... uma peça ligou-se à outra, e sem as quais, eu não teria tido tantas oportunidades. O fim do Terra no Asfalto foi o começo da história d'A Chave do Sol em minha trajetória. Basta continuar a ler, dali em diante...
Muito obrigado por acompanhar, amigo leitor !
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