Neste meu segundo Blog, convido amigos para escrever; publico material alternativo de minha autoria, e não publicado em meu Blog 1, além de estar a publicar sob um formato em micro capítulos, o texto de minha autobiografia na música, inclusive com atualizações que não constam no livro oficial. E também anuncio as minhas atividades musicais mais recentes.
segunda-feira, 23 de dezembro de 2013
Autobiografia na Música - Patrulha do Espaço - Capítulo 1 - Por Luiz Domingues
Para falar da Patrulha do Espaço, seria preciso recuar no tempo e falar do final de 1997, quando deixei o Pitbulls On Crack, e criei com Rodrigo Hid, o Sidharta. Não culminou em tornar-se uma banda, isoladamente, mas foi um período da minha vida que relembro com muito carinho, pois foi uma fase movida pela extrema euforia, além da criatividade, e por providenciar o desabrochar de dois jovens talentos (Marcello Schevano e Rodrigo Hid), isso sem contar o fato por ter proporcionado-me o meu reencontro com José Luiz Dinola, com quem eu não tocava desde 1987.
Então, posto isso, o Sidharta foi o embrião da volta da Patrulha do Espaço. Toda a história do Sidharta é contada no seu capítulo específico, portanto, por aqui vamos resumir o preâmbulo. Em fevereiro de 1999, o Zé Luiz Dinola decidiu não ficar mais na banda, por sentir-se descontente com o direcionamento que o Sidharta teve ao fazer um trabalho retrô, radical e propositalmente baseado nas estéticas das décadas de 1960 & 1970.
Especifico essa história naquele capítulo, é lógico. Por isso, pensamos em recrutar um novo baterista que encaixasse-se nessa mentalidade, em 100%. Pensamos em alguns bateristas, e surgiu a ideia de Rolando Castello Júnior, baterista da Patrulha do Espaço. Como a Patrulha do Espaço, como banda, somente realizava shows sazonais e com formações improvisadas, há anos, e desde os anos 1980, não lançava um álbum com inéditas ( o LP Primus Inter Pares, de 1992, fora praticamente um disco com regravações e uma ou duas músicas novas, apenas), comecei a sondar o paradeiro do Rolando Castello Júnior, para fazer-lhe essa proposta do Sidharta.
E finalmente o achei, pois estava a voltar para São Paulo, após ter morado por alguns anos em Curitiba. Feito o contato telefônico, convidei-o para uma Jam-Session no estúdio onde o Sidharta estava a ensaiar, no bairro da Aclimação, na zona sul de São Paulo, onde eu e o Rodrigo morávamos. Essa estratégia foi uma armadilha, um ardil que criamos. Sabíamos que ele talvez recusasse uma oferta direta para entrar em uma banda na estaca zero, e com dois integrantes tão jovens e inexperientes como foram Rodrigo e Marcello, naquele ano de 1999.
Continua...
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