sábado, 7 de dezembro de 2013

Autobiografia na Música - Terra no Asfalto - Capítulo 52 - Por Luiz Domngues


Voltamos ao Casablanca, na noite de 18 de setembro de 1981.

Foi um bom público, com duzentas pessoas presentes, e eu lembro-me que nessa noite, um grupo formado por garotas norteamericanas estiveram presentes e a esposa do Aru, Mary Ellen, relutou em abordá-las, talvez por timidez. Só ao final da noitada, quando carregávamos o equipamento na Kombi, foi que ela finalmente criou coragem para abordar as suas compatriotas, que já atravessavam a Avenida Vereador José Diniz. No dia seguinte, 19 de setembro, fomos tocar em uma festa fechada no bar : "Papete". Tratava-se na verdade, do ex-Le Café, e ex-Barbarô, que mudara de nome pela terceira vez. Não lembro-me, contudo, se tratou-se de uma festa corporativa. Nos meus registros consta apenas como : "festa fechada", portanto deve ter sido um aniversário, pura e simplesmente. Cento e dez pessoas estiveram presentes, e e por ser uma casa sob pequenas proporções, estava completamente lotada.


Um incidente do qual eu nunca soube a fonte, gerou um clima ruim, bem no momento de nossa saída. Só lembro-me em estar a carregar o equipamento para a Kombi, e constatar a presença do Paulo Eugênio aos gritos, com a dona da casa, Paulette, que gritava vários impropérios, ao agir como um homem, muito masculinizada que o era. E sobrou-me, pois ao ver-me na escada, a descer com uma pesada caixa de amplificador em mãos, fitou-me e com raiva disse-me : -"vocês não merecem nada"... bem, isso ocorreu há tantos anos atrás, e até hoje eu não sei o que ocorreu ali, verdadeiramente. O Paulo Eugênio nunca revelou-nos a razão dessa desavença. Só sei que de fato, nunca mais apresentamo-nos naquela casa.

Continua...   

Nenhum comentário:

Postar um comentário